quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Pesquisa DIAP dos "Dez Mais" do Congresso Nacional


Sarney foi um dos poucos que foram escolhidos como um dos "dez mais" do Congresso Nacional em oito oportunidades, nos anos de 1996, 1997, 2003, 2004, 2005, 2006, 2007 e, agora, em 2008.


O senador José Sarney (PMDB), sem estar exercendo cargos na estrutura do Congresso ou nas lideranças dos partidos este ano, ficou em terceiro lugar na lista dos "Dez Mais“ do Congresso Nacional. Foi o que constatou a pesquisa que o Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) divulgou no final de novembro e que identifica os 10 parlamentares mais influentes do Congresso Nacional, segundo opinião dos próprios deputados e senadores. Há 12 anos, o DIAP, após divulgar a lista dos 100 “Cabeças”, faz a pesquisa para a escolha dos dez parlamentares que integram a elite do Legislativo, conforme estatística. Dos 100, 70 responderam à enquete e elegeram os seguintes congressistas como os mais influentes do Poder Legislativo em 2008. O resultado da pesquisa – respondida por pesquisa 17 parlamentares do PT, 12 do PMDB, dez do PSDB e dez do DEM, seis do PSB, quatro do PDT, três do PR, dois do PTB, dois do PCdoB e dois do PSol, um do PSC e um do PP – fornece algumas pistas importantes sobre critérios para a escolha dos deputados e senadores mais influentes.Segundo o Jornal do DIAP, Sarney foi um dos poucos que foram escolhidos como um dos "dez mais" do Congresso Nacional em oito oportunidades, nos anos de 1996, 1997, 2003, 2004, 2005, 2006, 2007 e, agora, em 2008. Por outro lado, ele foi incluído no grupo "dos 100 melhores" do Congresso em todas as suas edições, proeza alcançada apenas por outros dois senadores: Pedro Simon (PMDB-RS) e Eduardo Suplicy (PT-SP), ambos representantes de estados poderosos. Os "Cabeças" do Congresso Nacional são, na definição do Diap, aqueles parlamentares que conseguem se diferenciar dos demais pelo exercício de "qualidades como a capacidade de conduzir debates, negociações, votações, articulações e formulações, seja pelo saber, senso de oportunidade, eficiência na leitura da realidade, e, principalmente, facilidade para conceber idéias, constituir posições, elaborar propostas e projetá-las para o centro do debate, liderando sua repercussão e tomada de decisão". Enfim, segundo os critérios do Diap, é o parlamentar que é capaz de criar "seu papel e o contexto para desempenhá-lo, com capacidades posicionais (cargos institucionais), reputacionais (ética, moral) e decisionais (liderança)". Segundo Antônio Augusto de Queiroz, diretor de Documentação do Diap e responsável pela pesquisa, o "resultado fornece algumas pistas importantes sobre critérios para a escolha dos deputados e senadores mais influentes. A primeira é que o aspecto institucional tem peso decisivo, tanto que somente dois dos eleitos não exercem cargos na estrutura da Casa ou nas lideranças dos partidos". Sarney e Miro Teixeira estão entre os "dez mais", mesmo não exercendo atualmente cargos na estrutura do Congresso ou nas lideranças dos partidos. Segundo Antônio Augusto, são lideranças que se destacam não pelo cargo de comando que ocupam no parlamento, mas pela própria personalidade, capacidade política pessoal e pelo prestígio que adquiriu ao longo da carreira. Outra observação do organizador da pesquisa é que, pela primeira vez, o Norte ganhou dos Sudeste e do Nordeste em número de parlamentares influentes nessa modalidade de levantamento feito pela DIAP há 15 anos. Do ponto de vista partidário, os melhores desempenhos individuais ficaram com o PMDB e o PT, que considerando o empate no 10º lugar, podem chegar a quatro cada, seguido do PSDB, com dois, do DEM e do PDT, com um cada.

A importância da capacidade política do parlamentar para os estados pequenos

Segundo especialistas, é muito importante para estados pequenos e jovens, como o Amapá, o Acre ou Roraima, por exemplo, com apenas oito deputados - e não tão grande tradição política -, que seus representantes se destaquem mais do que é exigido dos parlamentares dos estados mais poderosos. Precisam, também, de uma maior coesão dos membros de suas bancadas para poderem compensar o poder econômico e o peso político de estados poderosos como Minas, São Paulo ou Paraná. O fato do senador Sarney ser um dos 10 parlamentares mais influentes do Congresso e de ter grande prestígio junto ao governo Lula vem ajudando muito a bancada do Amapá. Ano passado, a sua atuação foi destaque no tradicional O Estado de São Paulo. Com base nos relatórios da Comissão Mista de Orçamento do Congresso, o jornal fez um levantamento dos parlamentares que mais conseguem recursos para seus estados. Não deu outra: Sarney aparece como o que teve mais sucesso nos seus pleitos. Veja o que diz o jornal o Estado de São Paulo: “O campeão é o senador José Sarney (PMDB-AP), um dos principais aliados do presidente Lula. Segundo o levantamento, entre 2003 e 2006, por exemplo, cada parlamentar apresentou R$ 13 milhões em emendas individuais ao Orçamento. Nesse período o senador José Sarney (PMDB-AP) apresentou 43 emendas e conseguiu liberar R$ 10,49 milhões, numa demonstração da sua vitalidade política”. Todas as emendas foram destinadas ao Estado do Amapá, conforme constatação também apresentada pela reportagem do jornal paulista.

Na publicação do Diap, Sarney é assim descrito:

“Senador, quarto mandato, advogado, professor, escritor, poeta e empresário. Um dos políticos mais influentes da República, já passou pelos principais cargos que um homem público pode almejar. Foi deputado federal, senador, governador, vice-presidente e presidente da República. Líder partidário, presidente de partido e do Senado (por duas vezes). Liberal com preocupação social, destaca-se pela defesa das reformas constitucionais do Governo Lula no Congresso, principalmente no que se relaciona com a “reforma política” Eleito - e reeleito duas vezes - senador pelo Amapá é a maior liderança política no Congresso. Parlamentar de grande prestígio no Senado, destaca-se como articulador. Apareceu na Elite dos “10 mais” do Congresso Nacional em r oito das doze vezes em que a pesquisa foi feita”.

Veja também:


Série "Os cabeças do Congresso Nacional"

Histórico das 14 edições das publicações (1994-2007)

Levantamento estatistico, desde 1996, primeiro ano dos Dez mais.

Os "Dez Mais" de 2008

1° Arlindo Chinaglia (PT/SP) - Presidente da Câmara (41 votos)

2° Henrique Fontana (PT/RS) - Líder do Governo na Câmara (27 votos)

3° José Sarney (PMDB/AP) - Ex-presidente da República e do Senado (26 votos)

4° Arthur Virgilio (PSDB/AM) - Líder do partido no Senado (23 votos)

5° ACM Neto (DEM/BA) - Líder do partido na Câmara (22* votos)

6° Garibaldi Alves Filho (PMDB/RN) - Presidente do Senado (22* votos)

7° Michel Temer (PMDB/SP) Presidente do partido ( 18 votos)

8° Miro Teixeira (PDT/RJ) Ex-líder do partido na Câmara (17 votos)

9° Tasso Jereissati (PSDB/CE) - Ex-presidente do partido (16 votos)

10° Maurício Rands (PT/PE);Romero Jucá (PMDB/RR) e Tião Viana (PT/A) (15** votos) Líder do partido na Câmara; Líder do Governo no Senadoe Vice-presidente do Senado, respectivamente.

© 2008 DIAP - Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar

(*) critério de ordem alfabética; (**) critério número de votos

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Acompanhe

Clique para ampliar