A
exposição José Sarney: o homem, o político, o escritor foi aberta na noite
desta quarta-feira (10) com a presença do senador, ex-presidente da Casa e
ex-presidente da República. A noite
contou ainda com o lançamento do livro As Batalhas na Guerra da Transição
Brasileira - Sarney, democracia e liberdade, do jornalista Frota Neto. De
acordo com a coordenadora da Biblioteca Acadêmico Luiz Viana Filho, Helena
Celeste, a ideia da exposição surgiu após o homenageado anunciar a
aposentadoria. Um grupo de servidores, que desejava agradecer ao político pelas
intervenções feitas por ele em prol da estrutura interna da Casa e pelo
bem-estar dos servidores, idealizou e materializou a mostra.
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Não poderia haver berço mais apropriado para sediar esta homenagem do que a
Biblioteca do Senado. Não apenas, por Vossa Excelência ser o intelectual e um
homem das letras, mas pelo fato da informação e da cultura sempre terem
recebido o vosso incondicional apoio nesta Casa – disse a coordenadora se
dirigindo ao senador.
O
coral do Senado prestou uma homenagem inesperada. Misturados aos outros
convidados, os coralistas surpreenderam o público ao começarem a cantar,
acompanhados pela pianista Duly Mittelsedt, em agradecimento pela criação do
grupo.
José
Sarney agradeceu a homenagem, emocionado e com a voz embargada. No discurso de
mais de vinte minutos, relembrou a época em que foi presidente da República
(1985-1990) e das dificuldades e da rejeição que sofreu. Disse que o livro do
amigo Frota Neto é um recorte político do momento e traz os embates e os
conflitos enfrentados pelo governo Sarney para remoção do então chamado
“entulho autoritário”.
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Sarney apanhou dia e noite. Uma sucessão presidencial com oito concorrentes,
todos achando que o que daria voto era insultar o Sarney e apontar os erros que
ele tinha cometido. Ninguém se lembrava da dificuldade que sofremos para
conseguir a Constituinte. Eu fui um presidente escolhido para ser deposto, como
muitos presidentes no Brasil. Dr. José Sarney teve que sobreviver sorrindo.
Todo mundo dizendo: o presidente é muito fraco e eu digo: Eu sou fraco para que
o povo brasileiro e a democracia nossa possa ser forte – contou em terceira
pessoa o senador.
O
livro de 480 páginas, da editora Rígel & Livros Brasil, foi autografado
após a cerimônia de abertura. A mostra organizada pela Biblioteca Luiz
Viana Filho com o apoio da Secretaria de Editoração e Publicações do Senado
fica exposta até o dia 25 de dezembro.Agência Senado
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