terça-feira, 28 de outubro de 2014

Coluna "Argumentos" - Cléber Barbosa

Madrugada

Agora que passou a eleição emergem detalhes e informações dos bastidores. A véspera da votação registrou muitas histórias que dariam não apenas um capítulo como aquele que o procurador da República Manoel Pastana escreveu sobre a “Casa do Totó”, mas um livro.

Embate

Segundo apuramos, por muito pouco não tivemos um confronto entre policiais militares e civis nas pontes, por conta de suposta ação de PMs em compra de voto na periferia. Fatos graves que merecem apuração.

Mulher

Nessa história envolvendo oficiais superiores da “briosa” PM, surgiu uma liderança que chamou os pares à razão e lembrou do juramento da academia e daquilo que se chama liturgia do cargo. Coronel Palmira.

Ao ponto

Agora é voz corrente que a fiscalização da eleição demorou muito a atender as denúncias de compra de voto. O balanço oficial aponta para uma “tranquilidade” que de fato não existiu, pelo que estão dizendo.

Feito

Mas pelo menos tivemos um resultado inquestionável, sem ações de impugnação, com a vontade do eleitor prevalecendo. O Amapá, afinal, teve a segunda maior diferença entre o eleito e o perdedor.

No rádio
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A Diário FM não para e continua prestando serviço ao cidadão. No próximo sábado uma edição especial está sendo preparada, com integrantes da atual e da futura composição da bancada federal. Em pauta, os interesses do Amapá no Congresso Nacional agora e a partir de fevereiro.

Tomara

Sarney falou que na eleição é pra ter adversários e não inimigos, não foi? Pois é, e pelo que deu pra ver nas entrevistas de Waldez e Camilo os dois demonstram que podem fazer uma transição ao menos pacífica, institucional. Seria uma demonstração de maturidade política com grande contribuição à democracia.

Leitura

A jornalista Ana Girlene foi muito feliz ontem ao definir o resultado das urnas no domingo como um salvo conduto dado pelos cidadãos amapaenses a Waldez Góes. Sim, pois nenhuma das acusações contra ele foi comprovada e o processo se arrasta na Justiça. Dizem que o melhor julgamento é o das urnas.

Inovação

Entrevistado de domingo neste Diário, o jurista gaúcho Antônio Oliboni defende que a tecnologia dos smartphones já poderia estar sendo empregada pela Justiça Eleitoral. Seria um aplicativo onde o eleitor possa dar seu voto onde quer que esteja. Seria uma grande ferramenta.

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Waldez vence Camilo com diferença de quase 80 mil votos e é eleito governador

O governador eleitor recebeu a imprensa no Espaço JK, no bairro do Trem, e reafirmou seu compromisso de um governo em parceria com as prefeituras, buscando o desenvolvimento de todas as regiões do Estado.

O pedetista Waldez Góes, 52, foi eleito governador do após derrotar o atual chefe do Executivo estadual, Camilo Capiberibe (PSB), 42, no segundo turno das eleições. Seu principal apoio no pleito foi o senador José Sarney (PMDB). Em entrevista coletiva com a imprensa, logo após o anúncio de sua vitória pelo TRE-AP, Waldez agradeceu à militância e prometeu cumprir as propostas de campanha e os acordos com nossos aliados. E disse que vai fazer um governo voltado para o povo, em parceria com todos os municípios. Waldez, que já foi governador por dois mandatos consecutivos (2003-2010), recebeu o apoio do PR, do PRB, do PHS e do grupo político liderado pelas famílias Favacho - ligada ao PMDB - e Gurgel, que reúne várias siglas partidárias, para a disputa da reta final do pleito. O pedetista tentou conseguir o apoio da vice-governadora, Dora Nascimento (PT), e do Partido dos Trabalhadores. O presidente do PT no Estado, Joel Banha, disse que a legenda iria manter a aliança formada no primeiro turno, endossando a candidatura de Camilo. Durante a campanha no segundo turno, Waldez defendeu a criação de uma "central de licitações" para evitar e fiscalizar casos de corrupção nesses processos. O senador Sarney foi figura constante no palanque de Waldez. "Brasileiras e brasileiros que aqui se encontram, Waldez foi e será o futuro governador do Estado do Amapá", afirmou Sarney em diversas ocasiões, valendo-se do bordão pelo qual ficou famoso quando foi presidente, entre 1985 e 1990. Com 84 anos, 60 deles dedicados à vida pública, Sarney anunciou em junho deste ano que não tentaria reeleição ao Senado nem concorreria a nenhum cargo público.

Coluna "Argumentos" - Cléber Barbosa

Deu 12

Waldez Góes é o governador eleito do Amapá, para seu terceiro mandato. Foi uma vitória realmente histórica, valorizada pelo fato de estar sem mandato há quatro anos, quando seus adversários já o tinham como carta fora do baralho. Resistiu bravamente e venceu.

Sai o 40

Camilo reconheceu a derrota, disse que vai respeitar a vontade do povo e que deseja sorte ao vencedor. Mas, ao seu estilo, anunciou que a partir de janeiro vai estar na trincheira da oposição, cobrando as promessas.

Estrada

Na primeira entrevista coletiva, Waldez disse que vai percorrer o estado inteiro novamente, agora para agradecer o apoio popular. Depois disse que voltará a Macapá para tratar da transição do governo.

De fato

O novo governador disse que não vai esperar tomar posse para trabalhar. Disse que o Amapá terá mais dois meses de estiagem e a BR 156 precisa receber ações imediatas para evitar atoleiros no início do ano.

Elo

Outro anúncio importante feito por Waldez foi de que no relacionamento com os poderes será acima de tudo um legalista. “A Constituição diz que cabe ao Executivo fazer a mediação entre esses entes”, disse.

Humano
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Waldez tem um enorme desafio pela frente, o de atender a gigantesca expectativa do povo em dias melhores. Mas carrega características que vão ajudar muito. Gosta de cuidar das pessoas e não nos parece caricato quando troca esse tipo de carinho com gente como essa idosa.

O cara

Outro personagem deste fatídico 26 de outubro foi Sarney. Quando anunciou que não disputaria nova eleição, disse que a política andava desestimulante. Mas ontem, nas entrevistas que concedeu, demonstrou estar mesmo é magoado com a maldade de alguns adversários. E os ataques sofridos.

O desabafo

Sarney chegou a elevar o tom das respostas dadas. Ratificou que a vitória de Waldez foi uma resposta “para aqueles que querem me ver pelas costas”. Depois disse que a única explicação para aquilo que chamou de infâmia contra ele, só pode ser explicada pela inveja. Tem longeva e brilhante carreira política e literária.

O líder

Indagado por jornalistas sobre o papel de Sarney no Amapá, Waldez disse que era a mais expressiva liderança que o Amapá já teve na história. “E o nosso estado nunca mais terá um senador que tenha seja membro da Academia Brasileira de Letras e ex presidente da República”, disse.

sábado, 25 de outubro de 2014

Sarney considera absurdos os ataques que sofreu na campanha eleitoral

O ex-presidente e atual senador José Sarney (PMDB-AP) reagiu com indignação aos ataques que vem sofrendo nos últimos dias na campanha pela sucessão estadual no Amapá. Coisas do tipo estar agindo para atrapalhar que recursos federais tenham sido liberados para tocar obras como o pavimentação da BR 156 ou mesmo suposta ingerência para impedir a conclusão da rodovia Norte-Sul foram rechaçadas com veemência por Sarney, que promete acionar a Justiça para os responsáveis pelo que chamou de infâmia sejam punidos.

Sarney percorreu várias ruas e avenidas da cidade nesta reta final da campanha eleitoral e disse ser sempre uma oportunidade para se enaltecer o esforço dele e de contemporâneos seus do Congresso Nacional nos idos de 1984, quando protagonizaram o movimento Diretas Já, que pedia a volta do direito do povo eleger os presidentes do país. “Acho fantástico o colorido das ruas e o envolvimento das pessoas, sejam os adultos, os mais moços e até mesmo os idosos como eu que fazem questão de colocar a melhor roupa no domingo e comparecer às urnas”, disse ele.

Provas 

Mas o que incomodou mesmo o ex-presidente foram os ataques gratuitos, a exploração na propaganda eleitoral e até mesmo terem atribuído a ele trabalhar contra o Estado. “Em todos os aspectos, jamais me apequenei a este nível, ao contrário, pensei e concebi grandes projetos, coisas para o futuro, tanto que estamos colhendo hoje esses frutos, com o porto, as estradas, as universidades e principalmente a energia, que vai levar o Amapá a ser protagonista de um grande destaque em toda a região Amazônica”, disse ele, que acrescentou irá exigir que provem o que estão afirmando. 
Sarney lembrou que as várias bancadas que o Amapá conseguiu formar em todos esses anos, podem testemunhar o quanto foi importante ter colocado o prestígio e o trânsito que possui a serviço do Estado. “Certa vez um jornalista perguntou a mim o porquê de eu vir pouco ao Amapá e respondi a ele que posso vir pouco, mas não tem um dia sequer que eu não trate do Amapá lá em Brasília, sejam com políticos, sindicalistas, servidores públicos e pessoas do povo que sempre tiveram no meu gabinete um ponto de convergência dos mais legítimos interesses do estado e sua gente. Ao Amapá dediquei meus melhores projetos”, finalizou Sarney.

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Deu no Facebook...

Como assim "agente" Governador ?? depois ainda querem chamar os eleitores do Waldez de burro, vão vendo..
  • Ane Pinheiro Quero ver os 3 senadores pegar chá de cadeira nos ministérios. . Sabe porquê candidato a presidente não vem aqui pedir voto? Pois o nr. De eleitores no Amapá é insignificante em uma eleição eleitoral, consequentemente, estado que não dá voto, é estado esquecido em Brasília. Se não for o Sarney com seu poder em Brasília para interferir na liberação dos recursos muita coisa aqui não existiria. Lugar que não dá voto não há interesse de investimento. Quase tudo que veio para o Amapá tem interferência de Sarney. Quem gosta, gosta que não gosta tem que respeitar, ele é o cara em Brasília, querendo vcs ou não. Randolfhe é um exemplo de senador sem prestígio em Brasília. O que ele já fez?.
    11 h · Editado · Curtir · 2
  • Paulo Souza SARNEY. UM SENADOR DE RESPEITO, E TEM MAIS PRA ESSES QUE ESTÃO E O QUE VAI ENTRAR TEM MUITO QUE APRENDER PRA CHEGAR ONDE SARNEY CHEGOU E O QUE É. ESSA É A GRANDE DIFERENÇA.
    10 h · Curtir · 1
  • Neyde Santos Pensa numa turminha ignorante...eu tolero tudo ms burrice extremada é o fim do mundo!!!!
    7 h · Curtir

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

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terça-feira, 14 de outubro de 2014

José Sarney: “O Poder que não pode”

A internet provocou uma mudança tão profunda na História da Humanidade que ninguém pode prever suas consequências em termos de futuro. Ela não só substitui a civilização industrial que Galbraith dizia que duraria 500 anos, dos quais já consumimos 300, mas modificará nossa maneira de pensar, construída na lógica de causa e efeito. Começa pelo conceito de rede. Ela não tem um centro gerador, ela se expande à medida que você ou qualquer pessoa se agrega a ela e se expande sem limites e sem limitações. Nela pode dizer–se tudo, afirmar tudo, contestar tudo e questionar tudo. Um fato pode ter infinidades de versões e a verdade passa a ter tantas verdades que você não sabe onde ela está. Por outro lado, o poder, que era hegemônico, perde essa qualidade fundamental para ser dividido entre todos que participam do mundo digital, que opinam, decidem e vulneram qualquer decisão. Cria o pseudofato, como advertia McLuhan, sobre a sociedade de comunicação. As novas gerações passam de uma civilização oral diretamente para uma visual, sem passar pelo livro como fonte de conhecimento. A Wikipédia é a origem de todas as sabedorias. Basta que através da internet alguém use três ou quatro toques e imediatamente se torna a mais culta das pessoas, discorrendo sobre o assunto que se fala. A memorização passou a ser desnecessária e os jovens estão descobrindo isso. Com o tempo será difícil a sobrevivência do livro, embora ele, é meu pensamento, jamais vá acabar. No Fedro, de Platão, há uma passagem em que o rei do Egito, quando lhe é comunicada a descoberta da escrita, capaz de reter nomes, fatos, episódios, pensamentos, pergunta ao deus Toth, que a criou: “O que será de nossas memórias? Ela vai desaparecer e não poderemos mais guardar as coisas mais profundas e sobre elas estabelecer nossas reflexões e dissertações”. Mas, hoje, o que está no auge das indagações são as consequências do mundo digital sobre o poder. Desapareceu o tempo das potências hegemônicas e do poder hegemônico. Hoje não existe mais o espaço da bipolaridade e o mundo cria novos núcleos de poder que despontam aqui e ali e, embora pequenos ou médios, inibem o poder maior. Desse modo, a juventude que passa o dia e a noite navegando vai transformando o mundo, por sua vez já transformado. O poder não pode mais como nos velhos tempos.
José Sarney foi governador, deputado e senador pelo Maranhão, presidente da República, senador do Amapá, presidente do Senado Federal. Tudo isso, sempre eleito. São mais de 55 anos de vida pública. É também acadêmico da Academia Brasileira de Letras (desde 1981) e da Academia das Ciências de Lisboa.

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