quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Sarney faz balanço do trabalho do Senado em 2011


“Deixamos de ser a Casa dos discursos, para nos tornarmos abertos à interação com a sociedade”, diz Sarney em balanço dos trabalhos de 2011

Senhoras Senadoras e Senhores Senadores,

Na abertura dos trabalhos da primeira sessão legislativa desta 54ª Legislatura, já podíamos perceber, pelo entusiasmo dos Senadores recém-chegados, que se somava à experiência dos que aqui permaneceriam por mais quatro anos, o início de um ano auspicioso, que colocaria o Senado Federal em plano destacado na discussão dos grandes temas nacionais.

Essa percepção foi se confirmando ao longo dos meses. No âmbito das Comissões, a extensa pauta de deliberações não impediu discussões aprofundadas e esclarecedoras de temas relevantes, com a realização de quatrocentos e trinta audiências públicas, no âmbito de subcomissões permanentes e temporárias. O intercâmbio de ideias com a sociedade civil, característica marcante das casas legislativas, atingiu seu ápice neste ano, a demonstrar a absoluta disposição das Senadoras e dos Senadores de se abrirem ao diálogo. O acervo de contribuições das audiências públicas foi tão extraordinário que levou à concepção e publicação da revista Em Discussão!, que reúne, a cada número, os debates de um determinado tema em destaque, e resultou também em um novo programa da TV Senado.

Em 2011, mais uma vez, o Senado Federal se defrontou com grandes desafios, que exigiram de seus membros senso de responsabilidade e capacidade de conciliação. No campo econômico, a aprovação da Desvinculação de Receitas da União demonstrou que o Senado consegue, com a devida celeridade, compatibilizar dissensos em prol da responsabilidade fiscal. Na regulamentação da Emenda 29, igualmente, o Senado conseguiu avanços importantes, ainda que não pudéssemos contemplar, na proposta, todas as demandas. Em relação às chamadas reformas microeconômicas, aprovamos o cadastro positivo, a empresa individual de responsabilidade limitada e a reformulação do Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência.
A capacidade de diálogo e de compatibilização de dissensos também foi exaustivamente exigida durante as discussões do novo Código Florestal. Acredito que o Senado tenha conseguido encontrar o equilíbrio entre a produção de alimentos e a preservação do meio ambiente, conjugando as necessidades presentes com os interesses das futuras gerações.

No tema do trânsito, foi tipificada a conduta de dirigir veículo automotor sob a influência de álcool ou substância psicoativa. Além disso, várias medidas foram aprovadas na área penal e de segurança pública.
Na seara jurídica, cabe destacar o trabalho das Comissões de Juristas sobre o Código de Defesa do Consumidor, presidida pelo Ministro Antonio Hermann Benjamin, e sobre o Código Eleitoral, sob a presidência do Ministro José Antonio Dias Toffoli.

Não foi menos frutífero o trabalho do Senado em matéria de educação. A criação do PRONATEC, por exemplo, ampliará o acesso do estudante jovem ao ensino técnico, porta de entrada para o mercado de trabalho. No mesmo sentido, de ampliar as oportunidades de trabalho dos jovens, o Senado determinou que se destinasse parte da arrecadação das loterias federais ao Programa Nacional de Jovens (Projovem). Em relação aos direitos humanos, muitos foram os projetos aprovados que visam ampliar os direitos de idosos, de pessoas com deficiência e das demais minorias.

No âmbito da transparência e do acesso à informação, podemos afirmar que o ano de 2011 foi histórico, com a aprovação das Leis da Comissão da Verdade e de Acesso à Informação. A Comissão da Verdade contribuirá para construir um futuro de reconciliação e de estabilidade democrática. A Lei de Acesso à Informação, por sua vez, ampliará o acesso de qualquer cidadão a informações produzidas e armazenadas pelo Poder Público.
A propósito, o Senado, que já adotava os princípios básicos de publicidade e transparência administrativa, divulgando amplamente suas realizações, incorporará, já no primeiro semestre de 2012, integralmente as diretrizes de transparência preconizadas pela nova legislação, especialmente com o Portal da Transparência. O maior desafio agora é tornar mais ágil o acesso às informações, utilizando recursos eletrônicos que facilitem a pesquisa pelo próprio cidadão, bem como possibilitar a requisição de informações e certidões de interesse público. É preciso ampliar os canais de atendimento ao cidadão, oferecendo orientações para mais fácil obtenção das informações desejadas, além de disponibilizar respostas automáticas para as perguntas mais frequentes da sociedade.


No âmbito institucional, considero iniciativa de pleno sucesso, que abriu o Senado a estudantes de todo o Brasil, a realização do Projeto Jovem Senador, que simulou, durante alguns dias, o funcionamento do Senado, dando aos estudantes selecionados oportunidade de discutir e votar proposições legislativas e conhecer o funcionamento da Casa.

Devo lembrar também que a plena consecução, pelo Senado Federal, de suas atribuições constitucionais foi possível, em grande parte, pela implementação de diversas melhorias no âmbito do processo legislativo, coordenadas pela Secretaria-Geral da Mesa. Essas medidas permitiram disponibilizar, em tempo real, as notas taquigráficas das sessões e eventos em curso no Plenário e nas Comissões. Além disso, as pautas e resultados de todas as sessões e reuniões ficaram acessíveis a todos de maneira célere e clara.

Foram também aperfeiçoadas as informações disponíveis sobre as atividades legislativas na internet. Podemos destacar a seção de Consolidações Temáticas, que traz informações sobre a aprovação de autoridades pelo Senado e quadros comparativos sobre as Leis de Diretrizes Orçamentárias (LDOs) e Leis Orçamentárias Anuais (LOAs) de vários anos. Em outra seção, de Resenhas e Estatísticas, é possível extrair informações sobre as matérias deliberadas e sua respectiva classificação temática. A utilização dos avulsos eletrônicos trouxe significativa e contínua economia de papel, substituindo as fotocópias por documentos disponíveis nos sistemas eletrônicos.

O esforço de renovação da Casa não se encerra aí. O processo legislativo eletrônico apresenta inúmeras perspectivas de implantação para 2012. Entre eles, destaca-se a modernização das comissões, projeto por meio do qual se pretende dotar esses colegiados de dispositivos móveis (tablets) onde estarão disponíveis todos os documentos que integram a pauta de cada reunião. Além disso, haverá um Portal específico na internet para divulgar os dados e registros das reuniões e audiências públicas.

Também, estão sendo desenvolvidos sistemas de apoio à produção de textos legislativos em meio eletrônico e estruturado. A primeira ferramenta foi um editor de emendas (LexEdit), que deverá evoluir para um sistema capaz de apoiar a elaboração de proposições, como projetos e propostas de emenda à Constituição. Isso permitirá a produção automática de textos consolidados, de quadros comparativos e da versão final de proposições aprovadas.

No âmbito administrativo, sob coordenação da Diretoria-Geral, foram adotadas em 2011 importantes medidas de gestão. Entre elas, destaca-se a implementação de ações para um programa de Governança e Gestão do Senado. Como parte desse programa, a Comissão Diretora aprovou a Agenda Estratégica da Administração, fato inédito em nossa Casa, determinando o norte e a estratégia em busca da profissionalização da gestão e da excelência organizacional. Com isso passaremos a tratar de forma sistêmica e sistematizada a melhoria contínua de nossa máquina administrativa, a transparência e a relação com a sociedade.

Podemos, ainda, registrar as seguintes iniciativas no campo administrativo:

- instituição de uma política de capacitação dos servidores da Casa, definida pelo Ato nº 10/2011 da Comissão Diretora;
- implantação do Portal do Gestor, que oferece de forma integrada informações on-line dos sistemas referentes a recursos humanos, tecnologia, equipamentos, processos e demandas, com o objetivo de facilitar e dar agilidade à tomada de decisões na Casa;
- unificação das cotas de exercício da atividade parlamentar (CEAPS), que reuniu as verbas de passagens e a indenizatória, sendo a cota administrada pelo parlamentar dentro dos limites de recursos, o que permite maior transparência no uso da verba;
- economia de mais de R$ 14 milhões nas compras, em virtude da racionalização de processos e adoção do pregão eletrônico como modalidade prioritária nas aquisições;
- aprimoramento do Portal da Transparência, ampliando o acesso a informações da cota de exercício parlamentar, da relação de terceirizados e do detalhamento da despesa diária por elemento de despesa;
- racionalização das jornadas de trabalho e economia no pagamento do serviço extraordinário da ordem de R$ 32 milhões em comparação com o ano de 2010;
- mudanças no Sistema Integrado de Saúde - SIS, que passou por substancial reformulação, resultando na elevação das receitas em mais de R$ 6 milhões e na redução das despesas em cerca de R$ 10 milhões;
- ampliação do acesso à internet, com repercussão em todos os sistemas e aumento de 150% na capacidade de acessos simultâneos à TV e à Rádio Senado na Internet; e
- desenvolvimento e implantação, pelo Prodasen, de um novo sistema de emendas ao Plano Plurianual (PPA), decorrente dos conceitos e estrutura inovadores do PPA 2012-2015. O sistema foi desenvolvido em pouco mais de dois meses, possibilitando o processo de análise, emendamento e votação do PPA.

Feito esse resumo, que busca refletir minimamente o conjunto de realizações protagonizadas pelo Senado Federal no ano de 2011, gostaria de acrescentar que os planos para 2012 não são menos ambiciosos. Temos uma longa agenda legislativa para discutir e votar, avançando no processo de mudanças por que passa o Brasil.

Além disso, buscaremos ampliar os meios de acesso à participação da sociedade, por meio do Portal e-Cidadania, que deverá proporcionar maior possibilidade de engajamento dos cidadãos nos debates dos temas e projetos em análise na Casa, assim como nas atividades de representação e fiscalização típicas do Parlamento. O objetivo é aproximar o cidadão do Legislativo, para que ele possa entender o funcionamento do Senado, a elaboração das leis e do Orçamento, além de opinar sobre assuntos em discussão e apresentar sugestões legislativas.

A face do Senado, hoje, para quem demanda seus trabalhos e acompanha suas atividades, é de uma Casa que se caracteriza cada vez mais pela busca da modernidade. É um processo contínuo, que não se esgota nas conquistas obtidas, mas está em permanente e acelerado caminho de aperfeiçoamento. Estou convicto de que o caminho da transparência e da abertura ao diálogo com a população dará ao Senado Federal, cada vez mais, condições para o pleno e profícuo desempenho de sua função constitucional.

Deixamos de ser a Casa dos discursos dos velhos parlamentos para nos tornarmos abertos à interação com a sociedade que assiste, acompanha e participa de seus trabalhos. Neste ano, funcionaram na Casa quarenta comissões e subcomissões, permanentes e temporárias, além das comissões de inquéritos e de estudos, que fiscalizam e controlam o governo, como é de sua competência, e exercem, em nome da federação, esta delegação outorgada pelo povo.

Ressalto o quanto preservamos a prática da controvérsia, âmago da democracia, mas dentro da harmonia, da austeridade, do diálogo e do respeito entre Senadoras e Senadores. O Senado vive um momento exemplar de maturidade democrática na racionalidade de suas discussões, sem prejuízo do vivo e apaixonante clima do debate das ideias, das posições políticas e do jogo democrático.

Não posso deixar de manifestar, contudo, nossa frustração por não ter sido ainda votada na Câmara dos Deputados a Emenda Constitucional das medidas provisórias, que vai melhorar seu processo de apreciação e dará ao Senado mais tempo para examiná-las.

O volume de trabalho feito pela Casa em busca da transparência é notável, com os nossos Portais eletrônicos, com todo o nosso sistema de comunicação, apoio logístico a todos os trabalhos de diversos setores, permitindo ao povo brasileiro acompanhar e participar das nossas atividades.

A Reforma Administrativa, que concluirá os instrumentos necessários à racionalização da estrutura administrativa, embora ainda não aprovada pela Casa, já foi em grande parte implantada, inclusive com o plano de cargos e carreiras totalmente em vigor.

Gostaria, finalmente, de ressaltar o grande trabalho desempenhado pelos servidores do Senado, e quero agradecer esta colaboração nas pessoas da Secretária-Geral da Mesa, Claudia Lyra, da Diretora-Geral, Doris Peixoto, e do Diretor da Secretaria Especial de Comunicação Social, Fernando César Mesquita.

Desejo a todos um Feliz Natal e um 2012 de muitas realizações.

Muito obrigado!

Veja os vídeos com o discurso

Sarney recebe relatório da Comissão sobre Mudanças Climáticas

O presidente da Comissão Mista Permanente sobre Mudanças Climáticas, senador Sérgio Souza (PMDB-PR) entregou nesta quinta-feira (22) ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), o relatório final de atividades do colegiado. Além de destacar a realização de audiências públicas para debater o desenvolvimento sustentável do país, o relatório, que também será encaminhado ao governo federal, recomenda mais envolvimento da presidente Dilma Rousseff na condução da Rio+20, conferência das Nações Unidas sobre desenvolvimento sustentável, prevista para junho de 2012.
- Se a presidente Dilma não chamar a si a responsabilidade de trazer o maior número possível de chefes de Estado para discutir a economia verde na Rio+ 20, acho que podemos sofrer o constrangimento de sermos o país que lidera a discussão ambiental e mesmo assim não termos um evento à altura do que foi a Rio-92 - disse o senador após encontro com Sarney.
Sérgio Souza também disse que o Brasil precisa cobrar informações dos governos da Rússia, do Japão e do Canadá sobre o fato de não terem assinado a prorrogação do Protocolo de Kyoto, o conjunto de compromissos para reduzir as emissões de gases do efeito estufa que expira em dezembro de 2012. O relatório da comissão também pede que o governo Brasileiro exija maior comprometimento dos Estados Unidos, país que não é signatário do protocolo, em relação às ações voltadas a tratar das mudanças climáticas.
- Os Estados Unidos, sendo a maior economia mundial, pautam as demais economias e isso é um prejuízo para todo o planeta. Quando pensamos em mudanças climáticas, pensamos na vida do planeta como um todo e alguns países estão pensando primeiro em si para depois pensar no restante e isso é preocupante - disse Sérgio Souza.
O relatório aprovado no último dia 14 e produzido pelo relator da comissão, deputado Márcio Macedo (PT-SE) destaca ainda que o Brasil tem alcançado resultados positivos na redução da emissão de gases do efeito estufa.
- O Brasil não tem apenas cumprido suas metas, mas tem ultrapassado aquilo em que tem se comprometido - destacou o parlamentar.
Dentre os avanços do ano, Sérgio Souza destacou a aprovação, pelo Senado, do texto do novo Código Florestal (PLC 30/2011). Como foi modificado, o projeto do novo Código Florestal voltou para exame da Câmara dos Deputados.

Rodrigo Baptista / Agência Senado

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Sarney diz esperar consenso para votar Orçamento

Ao chegar ao Senado nesta quinta-feira (22), o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP) disse esperar um consenso em relação ao reajuste dos aposentados e pensionistas que ganham acima do salário mínimo durante o exame da lei orçamentária para 2012 (PLN 28/11) pela Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO). Sarney destacou, em breve entrevista à Rádio Senado, que o Orçamento é tradicionalmente uma matéria que necessita de concordância entre todos os partidos.
- É um problema que o relator e o presidente da comissão vão ter que examinar e encontrar a melhor maneira de resolver. Acho que o que estamos buscando é um acordo entre os partidos. O Orçamento só tem condições de ser votado quando é encontrado consenso entre todos os partidos e é isso que está sendo feito - disse Sarney.
A falta de acordo entre governo e oposição quanto ao reajuste para servidores do Judiciário e para aposentados e quanto às obras que terão recursos bloqueados em razão de indícios de irregularidades tem dificultado a aprovação da matéria na CMO. Depois de passar por esta comissão, o projeto de orçamento ainda precisa ser votado pelo Congresso. A comissão está reunida nesta manhã para uma nova tentativa de votar o relatório final da proposta orçamentária.

Rodrigo Baptista / Agência Senado

Diretores do Senado cumprimentam Sarney pela condução dos trabalhos de 2011

Diretores de todos os setores do Senado cumprimentaram o presidente do Senado, José Sarney, nesta quinta-feira (22), na sala de audiências da Presidência, pela condução dos trabalhos da Casa durante o ano. Ao agradecer o gesto, Sarney afirmou que o Senado conta com um dos quadros mais qualificados da administração pública.
- Caminhamos para nos tornar uma repartição pública exemplar. Estamos aprimorando nossas funções de transparência e fiscalização - disse Sarney.
Em nome dos servidores da Casa, a diretora-geral, Doris Peixoto, destacou que sob a gestão do senador José Sarney o Senado tem buscado modernizar-se administrativamente.
- Nós temos orgulho de fazer parte de um Senado forte e mais moderno - assinalou.

Da Redação / Agência Senado

Senado lança Agenda Estratégica para aprimorar a gestão

Em reunião nesta terça-feira (20), a Comissão Diretora do Senado aprovou a Agenda Estratégica da Administração do Senado Federal, com as diretrizes básicas para o aprimoramento e a modernização da gestão administrativa da Casa. A agenda é um instrumento que visa aperfeiçoar a agilidade, qualidade e custos dos serviços prestados pela administração, além de profissionalizar a gestão da instituição. De acordo com a diretora-geral, Doris Peixoto, que apresentou a proposta, a idéia é elaborar um modelo administrativo com visão de longo prazo e que englobe todos os setores da Casa.
- Quando você atua com uma ferramenta de planejamento, a instituição inteira sabe o caminho que nós estamos seguindo e o que nós queremos atingir. O grande ganho da agenda estratégica é dizer a cada participante do processo a importância dele e a importância que o trabalho dele terá para atingir o objetivo comum - disse a diretora em entrevista à Agência Senado nesta quarta-feira (21).
Segundo Robson Neri, assessor técnico da Diretoria-Geral e um dos responsáveis pela elaboração da Agenda, conceitos atuais da administração pública têm norteado a atuação do Senado.
- São diretrizes e os grandes desafios para a administração do Senado Federal. Não estamos falando de meses, estamos falando de anos. Não é um projeto de uma gestão, mas um projeto institucional que vai trazer resultados também de curto e médio prazo - disse.
Para Doris Peixoto, implementar a gestão estratégica na administração pública tornou-se obrigação para todas as instituições, que devem se comprometer a aprimorar a qualidade do serviço prestado à população.  Esse planejamento de longo prazo contido na Agenda Estratégica está, de acordo com a diretora, em sintonia com a proposta de reforma administrativa em análise na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).
- A reforma administrativa tem como objetivo modernizar o Senado e promover o enxugamento de sua estrutura, mas o Senado continua com uma gama de trabalhos gigantesca, e por isso é importante que a ferramenta de planejamento seja cada vez mais usada e faça parte da consciência coletiva da instituição - disse a diretora-geral.

Ações

Junto com a Agenda Estratégica foi aprovada uma série de iniciativas e ações com foco não nos setores da Casa, mas nos processos. As ações foram definidas tendo por base o Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocratização (GesPública), resultado de iniciativas do Governo Federal para promover a gestão pública de excelência. Algumas também atendem a recomendações do Tribunal de Contas da União (TCU) para o aprimoramento da administração do Senado
- Ao listarmos 44 iniciativas que já estão postas e já têm inclusive previsão orçamentária isso já se configura como um passo concreto. O que queremos é que todas as iniciativas agora recebam tratamento sistêmico. Que o funcionário do setor de compras, por exemplo, saiba que sua ação é estratégica e que portanto tem prazo e que precisa ser realizado como um todo - explicou Doris Peixoto.
Informatização do Processo Legislativo
Algumas das ações contidas na Agenda Estratégica já estão em prática no Senado como o Siga Brasil, sistema de informações sobre orçamento público; e a informatização do processo legislativo.
- Queremos avançar na informatização do processo legislativo reduzindo cada vez mais a impressão de papéis na Casa e a expectativa é de que no ano que vem já retornaremos às comissões sem Ordem do Dia impressa. São os avanços que o Senado está buscando cada vez mais - disse o 1º secretário do Senado, senador Cícero Lucena (PSDB-PB), após a reunião da Mesa que aprovou, nesta terça, a Agenda Estratégica da Administração do Senado Federal.
Entre as iniciativas estratégicas estão ainda a revisão do modelo de contratação de serviços; a elaboração e gestão de um plano estratégico de administração do Senado; a implantação do programa e-cidadania; além de colocar em prática a gestão corporativa de Segurança da Informação e o plano de incentivo ao desempenho dos servidores.

Rodrigo Baptista / Agência Senado

Veja também:

Veja a síntese da Agenda Estratégica da Administração do Senado Federal

Mensagem de Natal da deputada Dalva Figueiredo

Renovamos nossos sonhos e ideais a cada dia, na certeza que caminhamos firmes na construção de um mundo mais justo. É tempo de festejar e agradecer aos que contribuíram nesta caminhada. Que em 2012 seja completo de conquistas.

Boas Festas!

Deputada Federal PT/AP

Aprovada admissibilidade de PEC da deputada Dalva que beneficia servidores de Amapá e Roraima

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania aprovou no último dia 15 a admissibilidade da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 111/11, da deputada Dalva Figueiredo (PT-AP), que regulariza as pendências relacionadas à situação funcional dos servidores públicos dos antigos territórios federais do Amapá e de Roraima que foram contratados de outubro de 1988 a outubro de 1993, período entre a transformação e a efetiva instalação desses estados. A PEC permite que sejam incorporados a quadro em extinção da administração pública federal os servidores que comprovadamente encontravam-se no exercício regular de suas funções na data da instalação dos novos estados. A regra já vale para aqueles que foram contratados antes de outubro de 1988, quando esses territórios foram transformados em estados.
Serão beneficiados os servidores públicos federais da administração direta e indireta, os servidores municipais, os policiais militares e os servidores nesses estados com vínculo funcional já reconhecido pela União. Eles passarão a ter salários e direitos equivalentes aos dos servidores da União e dos PMs do Distrito Federal. Não haverá, porém, pagamento retroativo. O relator, deputado Evandro Milhomen (PCdoB-AP), apresentou parecer favorável à proposta, por considerar que ela não afronta nenhuma das vedações constitucionais previstas. A PEC 111/11 tem propósito semelhante ao da PEC 516/10, do Senado – de autoria do líder do governo naquela Casa, senador Romero Jucá (PMDB-RR) –, que já está pronta para ser incluída na pauta de votação do Plenário da Câmara.

Tramitação

A proposta deverá ser examinada por comissão especial e, depois, votada em dois turnos pelo Plenário, exigido o apoio de no mínimo 3/5 dos 513 deputados.

Íntegra da proposta:


Reportagem – Luiz Claudio Pinheiro
Edição – Marcos Rossi

Presidência do Senado

Quinta-feira – 22/12/2011


16:00 - Ordem do Dia - Plenário

Comissão vai tentar votar Orçamento de 2012 nesta quinta-feira

A Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO) fará nesta quinta-feira (22), às 10h30, uma última tentativa de votar o relatório final do Orçamento de 2012. A falta de entendimento verificada ao longo da semana entre as lideranças políticas voltou a impedir a discussão e apresentação de destaques à matéria. Depois de ser votado na comissão, o relatório deve ser examinado também pelo Plenário do Congresso Nacional, que entra em recesso na sexta-feira (23). Caso o projeto orçamentário não seja analisado, isso não impedirá o início do recesso parlamentar. Dessa forma, a discussão da matéria seria retomada em fevereiro de 2012, no reinício dos trabalhos legislativos, de acordo com informação da secretária da CMO, Myrna Lopes Pereira. Na reunião desta quarta-feira (21), que chegou a ser aberta, e adiada quatro vezes para que os parlamentares chegassem a um acordo, a CMO voltou a ser ocupada por servidores do Judiciário e do Ministério Público da União (MPU), que exigem a concessão de reajuste salarial não previsto no relatório final do orçamento. Ao anunciar o adiamento dos trabalhos para esta quinta-feira, o presidente da CMO, senador Vital do Rego (PMDB-PB), disse que as lideranças vêm discutindo com o governo uma solução para essas reivindicações. Quanto ao reajuste real de salários para os aposentados que ganham acima de um salário mínimo, Vital do Rego disse que vem sendo tentada com o governo uma solução de reajuste que chegue próximo ao defendido pelos representantes do setor. Segundo ele, o mesmo ocorreria em relação aos servidores do Judiciário e do MPU, que prometem continuar pressionando os parlamentares pelo aumento. Há mais de uma semana, a comissão também tenta votar o relatório do Comitê de Avaliação das Informações sobre Obras com Indícios de Irregularidades Graves (COI), que integra a proposta orçamentária e recomenda a suspensão do repasse de verbas da União a cinco empreendimentos no país. A recomendação atinge os projetos para prevenção e controle de enchentes no Rio Poty, na Avenida Marginal Leste, em Teresina; as obras de macrodrenagem no Tabuleiro dos Martins, em Maceió; a construção da barragem do Rio Arraias, na cidade de Arraias (TO); o apoio à implantação da Linha 3 do metrô ligando o Rio de Janeiro, Niterói e São Gonçalo; e ações de reestruturação urbana do Complexo Viário do Rio Baquirivu, em Guarulhos (SP).

Paulo Sérgio Vasco / Agência Senado

Amapá tem cinco novos municípios beneficiados com recursos do PAC 2

A presidenta Dilma Rousseff participou nesta quarta-feira (21), em Brasília (DF), da cerimônia de contratação das obras de saneamento do PAC 2 em municípios de até 50 mil habitantes. Esses empreendimentos serão executados com R$ 2,6 bilhões do Orçamento Geral da União (OGU), não onerosos para os municípios; e R$ 1,1 bilhão de Financiamento Público Federal, totalizando R$ 3,7 bilhões de investimentos federais. Com esses recursos serão realizadas 1.144 obras de abastecimento de água e esgotamento sanitário que beneficiarão 1.116 municípios em todas as regiões do País. No período entre 2011 e 2014, o PAC 2 investirá R$ 35,1 bilhões para a execução de obras de saneamento básico no País, retomando investimentos em um setor essencial para a saúde e qualidade de vida da população. Todas as regiões do Brasil serão beneficiadas, de acordo com o déficit de saneamento dos municípios. Para as cidades com população inferior a 50 mil habitantes, estão previstos investimentos de R$ 5 bilhões, sendo R$ 4 bilhões do Orçamento Geral da União (OGU), sob gestão da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), e R$ 1 bilhão de Financiamento Público Federal com recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT/BNDES), sob gestão do Ministério das Cidades.

Amapá

Parte dos recursos do PAC 2 contemplaram cinco municípios do interior do Amapá que serão beneficiados com a construção e ampliação da rede de água e esgoto. Uma contratação feita por meio do Governo do Estado destina R$ 4,7 milhões para o município de Ferreira Gomes. R$ 1,3 milhão será aplicado em obras do município de Itaubal, por meio de convenio com a prefeitura. Laranjal do Jarí receberá R$ 29,8 milhões para as obras, sendo este o município com maior volume de recursos. Oiapoque foi contemplado com R$ 15,7 milhões. O município de Porto Grande terá disponíveis R$ 5,1 milhões. O último município contemplado nessa etapa é Vitória do Jarí que receberá R$ 2,5 milhões em investimentos.

Fique de olho...

DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO
Quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Destaques nacionais

ATOS DO CONGRESSO NACIONAL

ATOS DO PODER EXECUTIVO

APE

MINC

MEC

MFZ

MJ

MPA

MS

Concursos e seleções




O Amapá no Diário Oficial da União

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Violência agrária no Acre, Rondônia e Amazonas

Senadores Vanessa, Randolfe e Taques entregam a Sarney relatório final de Comissão Temporária

O presidente José Sarney recebeu dos senadores Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e Pedro Taques (PDT-MT) relatório final da Comissão Temporária Externa, que investigou conflitos agrários na divisa dos estados do Acre, Amazonas e Rondônia. A Comissão investigou causas dos conflitos, encaminhando, por exemplo, ao Tribunal Superior de Justiça pedido de interferência da Justiça do Estado de Rondônia em parceria com a Justiça Federal para processo e julgamento dos crimes documentados no relatório.

Senado dá aprovação definitiva à DRU

Foi aprovada em segundo turno nesta terça-feira (20) no Senado a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 114/2011, que prorroga a Desvinculação de Receitas da União (DRU) até 31 de dezembro de 2015. A matéria não teve apoio da oposição, obtendo 55 votos favoráveis, 13 contrários e uma abstenção. A emenda deve ser promulgada em sessão conjunta do Congresso marcada para as 11h desta quarta-feira (21). A DRU  consta do artigo 76 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias e dá ao governo flexibilidade para gastar até 20% do dinheiro arrecadado com impostos, contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico, excetuando as contribuições previdenciárias. Em 2012, esse montante corresponderá a R$ 62,4 bilhões. A validade desta autorização, no entanto, terminaria no próximo dia 31 de dezembro. Com a aprovação da PEC, a vigência desse instrumento fica prorrogada por mais quatro anos. O governo afirma que a prorrogação da DRU é imprescindível diante do engessamento da peça orçamentária. Um dos argumentos é o de que a Constituição teria estabelecido uma quantidade excessiva de vinculações dos recursos do Orçamento, que, apesar de assegurar gastos mínimos em determinadas áreas, como as sociais, também dificultaria a agilidade na execução orçamentária. Além disso, o elevado número de gastos obrigatórios (como salários, aposentadorias, saúde e educação) e de tributos vinculados (como Cofins, PIS-Pasep, CSLL, Cide) deixaria pouco dinheiro para ser investido em áreas que podem se tornar prioritárias, como as obras de infraestrutura urbana para a Copa do Mundo e as Olimpíadas. Um exemplo de remanejamento dos recursos pela DRU seriam a arrecadação da Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins), paga pelas empresas. A estimativa é de que o governo recolha R$ 174 bilhões em 2012, que deveriam ir obrigatoriamente para programas de seguridade social (saúde, previdência e assistência social). Com a DRU, esses setores ficarão com 80% da arrecadação, algo em torno de R$ 139,2 bilhões (80%). Os 20% restantes, R$ 34,8 bilhões, serão aplicados conforme a conveniência do governo, como para pagamento dos juros da dívida pública. 

Contestação

Mais uma vez, a oposição defendeu a prorrogação por apenas dois anos, para que o Congresso tenha mais controle e possa fiscalizar com mais eficiência os gastos do governo federal. A ideia, no entanto, foi derrubada em Plenário. A contestação da matéria foi feita basicamente por dois senadores do PSDB: Aloysio Nunes (SP) e Alvaro Dias (PR). De acordo com Aloysio Nunes, o governo não merecia esse voto de confiança porque a presidente Dilma Rousseff teria se esquecido da promessa feita ao assumir o cargo de que o combate à miséria seria feito junto à melhora de condições de saúde, segurança e educação. Além disso, há poucos dias, o governo foi contrário à aplicação de mais recursos na saúde, quando foi votada a regulamentação da Emenda 29 (PLS 121/2007 - Complementar). Para Aloysio, na área da educação, o atual ministro, Fernando Haddad, está fazendo questão de "desmoralizar o Enem" e, em segurança pública, o Brasil continua campeão mundial de homicídios.
- Como dar crédito a um governo que desacelera a economia, gerido por alguém que foi apresentada como a 'mãe do PAC', quando, na verdade, em sua Presidência, apenas 12% dos recursos do PAC foram efetivamente gastos, segundo dados apresentados pela ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior? Não merece confiança um governo que, tendo recursos disponíveis, não consegue liberar esses gastos - questionou.
Já Alvaro Dias explicou que a DRU foi criada durante o governo do PSDB para uma necessidade específica de planejamento num cenário de inflação, que já não existe nos dias de hoje. O senador lembrou que, àquela época, o PT foi contrário à DRU.
- Com os pressupostos básicos implantados pelo Plano Real, não há razão para implementação desse mecanismo, e isso retrata uma incompetência de gestão. A prorrogação da DRU é sinônimo de má fé, diz que o Orçamento é uma peça de ficção. O que se deseja é um cheque em branco de R$ 62 bilhões para uso aleatório especialmente em ano de eleições - criticou.
Sem querer atrasar a sessão, os senadores da base do governo preferiram não discutir a DRU mais uma vez em Plenário.

Paola Lima / Agência Senado

Marco Maia avalia positivamente os trabalhos Legislativos da Câmara em 2011

O presidente da Câmara ressaltou a importância por ter produzido tantas leis e debates que contribuem de forma decisiva para a melhoria da qualidade de vida da população.
Rodolfo Stuckert
Nesta terça-feira (20), o presidente da Câmara, Marco Maia, avaliou os trabalhos, tanto quantitativos como qualitativos, da Casa em 2011. Em transmissão, ao vivo, pela TV Câmara, Maia respondeu a perguntas de jornalistas e telespectadores. Em 2011, a Câmara aprovou 637 matérias, sendo 144 em Plenário e 493 em caráter conclusivo nas 20 Comissões Permanentes. De acordo com o presidente, projetos de leis importantes para a vida dos cidadãos brasileiros foram aprovados na Câmara, como o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego – Pronatec, a regulamentação do aviso prévio proporcional, a Comissão da Verdade, a criação do Estatuto da Juventude, a regulamentação do acesso a informações, entre outros. "Mais do que números, nós produzimos aqui uma qualidade enorme de mudanças na Legislação do nosso país. Nossa expectativa é que 2012 possa também ser o mais positivo possível, que a gente possa imprimir uma dinâmica mais rápida nas votações que interessam a sociedade brasileira", afirmou Marco Maia. De origem sindicalista, Marco Maia destacou ainda a nova política de valorização do salário mínimo. "Um avanço significativo acontecido durante 2011, um sonho de todos os trabalhadores brasileiros, de que nós pudéssemos ter uma política de valorização do salário mínimo permanente. Os cálculos dão conta de que se nós mantivermos o crescimento de quatro a cinco por cento do nosso PIB, nós chegaremos em 2015 com o salário mínimo que deverá ser superior a 500 dólares, algo que era inimaginável, no Brasil, há alguns anos. O que representa o fortalecimento de uma política de distribuição de renda perene e constante, que tem impactos significativos na economia brasileira". Das medidas provisórias aprovadas, 33 viraram em Lei, sendo que 27 foram transformadas em Projeto de Lei de Conversão (PLV), ou seja, sofreram alterações pelos parlamentares. "Apesar de serem de iniciativa do Executivo, elas passam por um debate, uma discussão forte e sofrem aqui mudanças, alterações e inclusões que ajudam e aperfeiçoam essas Medidas Provisórias", disse Marco Maia. O Plenário votou quatro Propostas de Emenda à Constituição (PEC): a prorrogação da vigência da Desvinculação das Receitas da União (DRU) até 2015, a garantia de direitos ao servidor que aposentar-se por invalidez, a transferência da União para o Distrito Federal das atribuições de organizar e manter a Defensoria Pública do DF e a PEC da Música, que institui imunidade tributária para CDs e DVDs produzidos no Brasil. "É uma proposta que vai permitir, primeiro, um reaquecimento do setor da música no Brasil e, segundo, vai possibilitar o barateamento dos CDs e DVDs produzidos no país", ressaltou o presidente sobre a PEC da Música.
Expectativas para votações em 2012
"Os royalties são prioridade absoluta para o próximo ano. Nossa intenção é já iniciar o ano constituindo uma comissão especial que tem a responsabilidade de debater a proposta que veio do Senado. A questão não é pequena, é muito séria, muito importante, porque ela poderá representar no futuro mais recursos aos municípios e aos estados para produção de políticas públicas na área da saúde, na educação, na área do meio ambiente, na infraestrutura que ajudem a qualificar a vida do nosso povo", afirmou Maia que também disse que todo esforço vai no sentido de produzir um acordo na Câmara, que respeite o que foi debatido no Senado, sem que tenham problemas futuros de vetos da presidenta Dilma ou julgamentos no STF ou Judiciário. Sobre o tema da Reforma Política Marco Maia lembrou que a Câmara ainda não alcançou acordo para alterações no sistema eleitoral brasileiro, mas que o Brasil vem alterando sua estrutura política a cada ano. "Vamos necessitar de muito diálogo. Na minha opinião, aquela proposta que nós já havíamos formulado de realização de um plebiscito ou de uma Constituinte Exclusiva para tratar sobre o tema da Reforma Política seja o melhor caminho a ser adotado no próximo período. Precisamos ouvir muito a sociedade para que ela possa indicar o caminho para a votação de uma proposta de reforma". O presidente da Câmara lamentou não ter votado mais questões relacionadas ao trabalho e ter avançado em matérias que protegessem mais os trabalhadores, como por exemplo as alterações na lei de terceirizações. "Eu tenho expectativa, de que no início do próximo ano, nós possamos votar regras mais claras e objetivas que protejam os trabalhadores terceirizados". De acordo com o presidente Marco Maia, o acordo feito na última reunião do Colégio de Líderes é para pautar o novo Código Florestal brasileiro na primeira semana de março. Maia lembrou que o projeto que será votado novamente na Câmara irá, de um lado, garantir segurança jurídica aos agricultores, para continuar produzindo os alimentos que são importantes para o futuro do Brasil e do mundo e, ao mesmo tempo, foi construído um instrumento concreto e verdadeiro de proteção ao meio ambiente.

Randolfe Rodrigues recebe título de Cidadão Jarilense e trata de emendas populares

O terceiro maior município do Amapá, Laranjal do Jari, recebeu o senador Randolfe Rodrigues na quinta-feira, 15, com o título de Cidadão Jarilense, entregue pela Câmara de Vereadores. Randolfe teve encontros com lideranças populares, autoridades públicas e com a prefeita Euricélia Cardoso. No campus da Unifap reuniu com estudantes e o corpo técnico. O tema do encontro com a prefeita foram as emendas de iniciativa popular, que somam um total de R$ 1.250.000,00. Os recursos serão destinados para compra de veículo adaptado para transporte de cadeirantes, barco para o programa Saúde Bucal, investimentos em saúde mental e para reforma, ampliação e adaptação de equipamentos urbanos. O senador também destinou recursos de emendas individuais no valor de R$ 2.600.000,00 para o município. A conclusão da BR-156 trecho sul é uma das principais preocupações do senador Randolfe, que chamou de “negligente” a atuação do governo federal com uma obra que já dura 70 anos. Ele convidou a prefeita e vereadores para irem a Brasília, em fevereiro, cobrar do DENIT e do Ministério dos Transportes a agilização da obra. Na visita ao campus da Unifap o senador aproveitou para divulgar a campanha pelos 10% do PIB para educação e para explicar sobre as consequências para a região do novo Código Florestal. Os acadêmicos querem investimentos e esforços para instalação de campus definitivos da Unifap e da UEAP no Vale do Jari. Randolfe também visitou o Instituto Federal de Educação (Ifap). Uma sessão solene na Câmara de Vereadores foi organizada para entrega do Título de Cidadão Jarilense, com o qual o senador foi agraciado. O senador ficou bastante emocionado com a honraria e discursou sobre a história da região e sua saga de lutas em defesa das florestas e da qualidade de vida de seu povo.

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O reflexo da crise financeira global bateu em cheio no emprego no Brasil em novembro. No mês, houve criação de apenas 42.735 vagas com carteira assinada, já descontadas as dispensas. O número representa um terço do registrado em novembro de 2010 e o pior resultado desde 2008. A retração maior do emprego ocorreu na indústria. De janeiro a novembro, foram abertas 2,3 milhões de vagas. Em dezembro, a previsão é que sejam fechados 350 mil postos de trabalho. Na contramão, o Rio de Janeiro apresentou a maior geração de empregos (contratações menos demissões) entre os 27 estados, com 24.86 vagas. O ano deve fechar com o pior déficit em contas externas desde 1947, no início da série histórica: empresas estão remetendo dinheiro para o exterior para cobrir prejuízos lá fora


O ministro do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski está entre os magistrados do Tribunal de Justiça de São Paulo que receberam pagamentos que estavam sob investigação do CNJ (Conselho Nacional de Justiça). Antes de ir para o STF, ele foi desembargador na corte paulista. Anteontem, último dia antes do recesso, o ministro atendeu a pedido de associações de juízes e deu liminar sustando a inspeção. Por meio de sua assessoria, Lewandowski disse que, apesar de ter recebido os recursos, não se sentiu impedido de julgar porque não é o relator do processo e não examinou o mérito – apenas suspendeu a investigação até fevereiro.


O ministro da Educação e pré-candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, ignorou informação da Polícia Federal de que o vazamento das questões do Enem 2011 foi maior do que o admitido. Mesmo avisado de que a fraude não se restringira a 639 alunos do colégio Christus, de Fortaleza, Haddad manteve a anulação apenas para esse grupo. Para calibrar o grau de dificuldade das questões do Enem, é aplicado um pré-teste. Em 2010, ele foi feito em 16 colégios, entre eles o Christus. O MEC afirmou ao Estado estar seguro de que o vazamento de questões desse pré-teste não se repetiu nas demais escolas. O caso volta a assombrar Haddad, a poucas semanas de ele deixar o cargo para se dedicar à campanha.


Presa por desvios no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), Márcia de Fátima Pereira e Silva Vieira tem uma lista extensa de bens valiosos. Além dos 10 veículos apreendidos, foram encontrados mais quatro carros e um caminhão. A funcionária foi detida durante a Operação Perfídia, da Polícia Federal, na manhã de segunda-feira. O valor desse conjunto de automóveis é avaliado em cerca de R$ 1 milhão



Nos últimos dois anos, a Braskem fez grandes investimentos no exterior, com aquisições nos Estados Unidos e Europa. Agora, a empresa voltou a eleger o Brasil para desenvolver seus principais projetos de expansão. Carlos Fadigas, CEO da companhia, disse ao Valor que os planos de crescimento no país incluem uma fábrica de polipropileno no polo de Camaçari (BA), duas novas unidades de produção de "plástico verde" e aportes no Complexo Petroquímico do Rio (Comperj).

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