O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) condenou, em discurso veemente nesta segunda-feira (25), a deposição do presidente do Paraguai, Fernando Lugo, pelo Parlamento daquele país. Na avaliação de Randolfe Rodrigues, o julgamento conduzido por deputados e senadores paraguaios, realizado em apenas 36 horas, foi rápido demais e não respeitou os princípios do contraditório e da ampla defesa, fundamentais, em sua opinião, na estruturação dos Estados democráticos de direito.
— Ora, qualquer Estado que não tenha esses princípios em seu ordenamento constitucional, em seu ordenamento jurídico, será reconhecido por nós não como Estado de direito, mas sim como Estado de exceção. Por isso, considero que o que ocorreu no Paraguai foi de fato um golpe de estado — declarou.
Randolfe Rodrigues manifestou seu apoio à decisão do governo brasileiro de chamar para consulta o embaixador brasileiro em Asunción e, também, à medida que está sendo debatida no âmbito do Parlasul no sentido de suspender o governo paraguaio de suas atribuições no âmbito do Mercosul e da Unasul. O senador disse que a classe política no Brasil não pode se conformar com o que ocorreu no país vizinho, considerando como se fosse comum a quebra da ordem democrática e a suspensão de garantias constitucionais. Ao final de seu pronunciamento, Randolfe Rodrigues fez um apelo aos parlamentares brasileiros do Congresso Nacional para que apóiem todas as iniciativas visando o restabelecimento das garantias legais que permitam a volta do presidente Lugo à Presidência do Paraguai.
Agência Senado
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