Partidos aliados ao Planalto receberam garantias de liberação de um total de R$ 20 milhões, enquanto oposicionistas nem promessa tiveram
O Estado de S. Paulo/Leonencio Nossa
O Palácio do Planalto orientou a equipe econômica a apressar o repasse dos primeiros recursos disponíveis de emendas parlamentares a partidos aliados. Enquanto PTB, PT, PMDB e PSB, maiores legendas governistas, receberam garantia de liberação, neste começo de mês, de um total de R$ 20 milhões em emendas individuais, os oposicionistas PSDB, DEM, PPS e PSOL não conseguiram promessa formal de uma única moeda. A estratégia do governo é evitar que sua base de sustentação no Congresso rache com a aproximação das disputas pelas prefeituras. Anteontem, a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, anunciou que os 513 deputados e 81 senadores - oposicionistas ou aliados - terão a liberação de suas emendas. Cada parlamentar pode apresentar projetos para receber até R$ 4,5 milhões. Até o momento, no entanto, as garantias de liberação só estão sendo concedidas a parlamentares da base de sustentação do governo. Em entrevista, Ideli disse que a liberação dependia de aprovação dos projetos. A nova temporada de liberação de emendas individuais para conter os aliados, velha prática política, começou em maio. Os empenhos aumentaram nas últimas semanas, quando os aliados recrudesceram a pressão contra o governo nas votações no Congresso. O governo começou a apressar os empenhos dos repasses porque a Lei Eleitoral determina que as liberações antes das disputas municipais ocorram até amanhã, exatamente três meses antes do pleito eleitoral. As garantias de liberações de emendas individuais neste início de mês seguem o ritmo de junho. No mês passado, o governo se comprometeu a liberar volumes significativos para o PMDB (R$ 18 milhões); PP (R$ 13 milhões); PR (R$ 8 milhões); PT (R$ 7,9 milhões) e PSB (R$ 7,8 milhões).
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