Eles se encontraram pela primeira vez em 1963, à beira do rio Araguaia. Um, jovem assessor do ministério da Educação e o outro, deputado federal, no seu segundo mandato, despontando na turma que ficou conhecida como a banda da bossa nova da UDN. Hoje, eles se reencontraram no gabinete da Presidência do Senado: Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro, agora presidente do Santos Futebol Clube e José Sarney, presidente da Casa. "Conheço o presidente desde 1963, ele era um jovem deputado federal e eu, um jovem oficial do ministério da Educação. Fizemos uma viagem juntos para o Araguaia, ele com os filhos, e eu, ainda solteiro, começando a minha vida", recordou Ribeiro. Ele explicou que o Santos, ao completar 100 anos este ano, está homenageando os Poderes constituídos. Na sua opinião, o "Santos presta um tributo a nação brasileira representada pelos três poderes". Ribeiro considera também que seu clube reflete o "novo Brasil", ao assegurar a presença do jogador Neymar no país. "Estamos demonstrando ao mundo que o Brasil hoje está maduro, absolutamente inserido no cenário político e econômico internacional. Não somos mais exportadores de matéria prima.
Temos talento e condições de segurar nossos ídolos para que o brasileiro aproveite e assista jogadas mirabolantes de um cara como Neimar", observou Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro. Além da visita a presidente da República, Dilma Rousseff e ao presidente do Congresso, José Sarney, a agenda de visita do dirigente santista incluiu o presidente do Supremo, ministro Ayres Britto; o "santista" ministro Gilmar Mendes; o ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, e o presidente da Câmara, Marco Maia. Ribeiro contou que esteve também com o "santista doente" ministro da Defesa, Celso Amorim. "Pedi ao ministro que , como bom especialista, resolvesse o problema do nosso time: a defesa", contou Ribeiro. Brincadeiras à parte, o dirigente esportivo, ao sair do encontro com Sarney, disse ao jornalistas que o senador "é uma pessoa a quem eu estimo muito e prezo muito. Ele é um dos pilares da República". Ribeiro pode viver de perto as transformaçõesque o Governo da Nova República trouxe ao Brasil a partir de 1985, depois de 20 anos de ditadura militar: "Servi ao governo do presidente Sarney, primeiro como chefe de gabinete do ministro da Fazenda e depois como diretor do Banco Central". Sarney elogiou a administração de Ribeiro no Santos e lhe contou que em 1966, quando governava o Maranhão, levou o time do Santos para jogar uma partida em seu Estado: "O Pelé foi reticente no início, mas acabou participando também do jogo". Ao final do encontro Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro dirigiu-se a Sarney profetizando: "Esses 100 anos foram só um aperitivo. Os próximos 100 é que serão para valer". Sarney, como bom flamenguista, sorriu. A vice-presidente do Senado, Marta Suplicy, também participou do encontro.
Secretaria de Imprensa da Presidência do Senado
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