Rejeitada pelos líderes de todos os partidos da oposição, a reunião convocada pela presidente Dilma Rousseff para discutir a ideia do plebiscito da reforma política ficou restrita a um encontro com o Senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP). Embora o seu partido, por meio do presidente nacional, deputado federal Ivan Valente (SP), tenha negado o convite da petista, Randolfe foi ao encontro de Dilma e deixou a reunião afirmando que a legenda apoia a consulta. O parlamentar chegou a posar para fotografia ao lado da petista. Além das questões sobre financiamento de campanhas e sistema de votos, Randolfe propôs à presidente que sejam incluídas perguntas sobre revogação popular de mandato, também chamado de “recall”, e fim do foro Encontro no Planalto racha PSOL privilegiado. Segundo ele, Dilma não respondeu claramente à sugestão. O presidente do STF, ministro Joaquim Barbosa, também defende o “recall” de políticos. A ida de Randolfe causou desconforto no PSOL. Ivan Valente não escondeu a contrariedade com a decisão de Randolfe de representar a sigla e, em nota, afirmou que a direção da sigla precisaria se reunir para fechar uma “plataforma de prioridades”. O Senador discordou. – Esta é uma posição da qual divirjo. A nossa pauta é a pauta dos movimentos sociais – justificou Randolfe. A presidente pretendia ouvir todos os representantes dos oposicionistas de uma vez só, mas o Senador Randolfe Rodrigues pediu uma conversa reservada, alegando “discordância ideológica” com as outras siglas.
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