Com a presença de renomados pensadores contemporâneos, brasileiros e estrangeiros, o Fórum Senado Brasil 2012 – ciclo de debates sobre grandes temas da atualidade - será inaugurado no final deste mês, com onze palestras sobre "Democracia em tempos de mutações". Se poucos negam o diagnóstico de que se vive um momento de incerteza, desordem, grandes mutações, a política é vista com uma das partes mais afetadas por tal momento. É nesse contexto que o fórum visa resgatar o papel de reflexão do Senado Federal, cuja origem de órgão conselheiro de Estado, vem sendo relegada pela função cotidiana legislativa. "O apolitismo, a maior ameaça à democracia", tema da primeira palestra, dá o tom do conteúdo dos debates que abordarão da "ciberdemocracia" à "democracia espetáculo", passando pela "ética, moral e política", entre outros. O ciclo sobre a democracia será realizado na Casa de 20 de junho a 7 de agosto, às 18h30, no auditório do Interlegis (confira programação e conferencistas no site do fórum)."Vamos revisitar a agenda da Casa com a reflexão acadêmica do que se debate no mundo no momento, em termos políticos", explica o embaixador Jerônimo Moscardo, presidente de comissão técnica do Senado, instituída pelo presidente José Sarney para organizar seminários especiais. Moscardo argumenta que em tempos de CPI do Cachoeira, quando o Senado concentra esforços numa função investigativa, é preciso jogar luzes nesse processo. "Não se trata de buscar lições, receitas, terapêuticas. O desafio é iniciar a reflexão", distingue, lembrando que a filosofia abre tal caminho. Entre os conferencistas (três franceses e oito brasileiros) há filósofos, cientistas políticos, professores, jornalistas, físicos, um time de visão plural, de esquerda e de direita, dentro de um espectro ideológico clássico. Coube ao jornalista e professor brasileiro, Adauto Novaes, a organização técnica do ciclo sobre democracia. "Uma das inquietações do cenário mundial de nosso tempo é a separação entre a formação humanística e a ação política que passou a ser considerada quase uma atividade técnica", aponta Adauto Novaes. Para o jornalista, os homens de pensamento, salvo exceções conhecidas, desertam da atividade pública, a cada dia mais ocupada por tecnocratas, empresários, chefes religiosos, ídolos do show business. "Temas como esses devem fazer parte da reflexão do Senado Federal. Para isso, vamos convocar grandes figuras da cultura universal e iniciar diálogos que possam alargar nossos horizontes e abrir os cenários do nosso futuro", reforça o presidente do Senado, José Sarney, sobre o projeto. O Fórum Senado Brasil 2012 busca envolver o Legislativo e a sociedade brasileira, numa avaliação da primeira década do século XXI, como forma de se pensar o futuro.
Secretaria de Imprensa da Presidência do Senado
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