quarta-feira, 13 de junho de 2012

Sarney recebe petição por voto aberto assinada por 65 mil brasileiros, em menos de 24 horas


Em menos de 24 horas, 65 mil brasileiros assinam petição, pela Internet, por voto aberto no Congresso

Sem nenhuma publicidade e em menos de 24 horas, 65 mil 179 brasileiros assinaram, através da Internet, petição da Avaaz - entidade internacional de ciberatividades – em favor do voto aberto no Congresso Nacional. E foi para simbolicamente entregar tais assinaturas que representantes de entidades integrantes do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), acompanhados do senador Pedro Taques (MT-PDT), estiveram nesta tarde com o presidente do Senado, José Sarney, na sala de audiências. A Avaaz tem mais de um milhão e 500 mil adeptos no Brasil e o MCCE é a rede responsável pela mobilização da sociedade na conquista da Lei da Ficha Limpa. "Da minha parte fiz o que podia fazer", respondeu o presidente José Sarney à demanda, enumerando as providências: incluiu na pauta os projetos da Casa que tratam do fim do voto secreto, convocou reunião de líderes ontem (mais detalhes) para tratar do assunto e que decidiu por sessão de discussão hoje e votação da matéria na quarta, dia 27 de junho, logo após a realização da Rio + 20. A preocupação era com o quórum, uma vez que 24 senadores estão participando do evento ambiental e por isso na próxima semana não haverá sessões deliberativas, explicou Sarney. "Como juiz eleitoral que combate a corrupção diariamente, posso dizer que o voto secreto é solo fértil para a corrupção florescer em nosso país", assegurou o juiz Marlon Reis, diretor do MCCE.


O Movimento reúne 51 entidades da sociedade civil em seu comitê nacional, como a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil); Sindifisco Nacional (Sindicato Nacional dos Auditores- Fiscais da Receita Federal do Brasil); União Nacional de Auditores do SUS; Associação Brasileira de Magistrados e Promotores Eleitorais; Instituto de Fiscalização e Controle; Conselho Federal de Contabilidade; Associação Nacional do Ministério Público de Contas, entre outras. Marlon explicou que tratou-se de uma coleta relâmpago de assinaturas como "teste de popularidade", e que, se necessário, outra coleta poderá ser feita, reforçando a amplitude da mobilização social em torno da questão, como o foi com a Ficha Limpa. O senador Pedro Taques, defendendo rápida votação da matéria no Senado, acrescentou ser inadmissível que o eleitor, dono do poder, não possa saber como e em quem seu representante está votando. Na sua opinião, deve ser mantido o voto secreto para questões como indicação de autoridades e apreciação de vetos presidenciais, pois o cidadão quer o voto aberto para evitar a corrupção, distinguiu.

Secretaria de Imprensa da Presidência do Senado

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