Em menos de 24 horas, 65 mil brasileiros assinam petição, pela Internet, por voto aberto no Congresso
Sem nenhuma publicidade e em menos de 24 horas, 65 mil 179 brasileiros assinaram, através da Internet, petição da Avaaz - entidade internacional de ciberatividades – em favor do voto aberto no Congresso Nacional. E foi para simbolicamente entregar tais assinaturas que representantes de entidades integrantes do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), acompanhados do senador Pedro Taques (MT-PDT), estiveram nesta tarde com o presidente do Senado, José Sarney, na sala de audiências. A Avaaz tem mais de um milhão e 500 mil adeptos no Brasil e o MCCE é a rede responsável pela mobilização da sociedade na conquista da Lei da Ficha Limpa. "Da minha parte fiz o que podia fazer", respondeu o presidente José Sarney à demanda, enumerando as providências: incluiu na pauta os projetos da Casa que tratam do fim do voto secreto, convocou reunião de líderes ontem (mais detalhes) para tratar do assunto e que decidiu por sessão de discussão hoje e votação da matéria na quarta, dia 27 de junho, logo após a realização da Rio + 20. A preocupação era com o quórum, uma vez que 24 senadores estão participando do evento ambiental e por isso na próxima semana não haverá sessões deliberativas, explicou Sarney. "Como juiz eleitoral que combate a corrupção diariamente, posso dizer que o voto secreto é solo fértil para a corrupção florescer em nosso país", assegurou o juiz Marlon Reis, diretor do MCCE.
O Movimento reúne 51 entidades da sociedade civil em seu comitê nacional, como a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil); Sindifisco Nacional (Sindicato Nacional dos Auditores- Fiscais da Receita Federal do Brasil); União Nacional de Auditores do SUS; Associação Brasileira de Magistrados e Promotores Eleitorais; Instituto de Fiscalização e Controle; Conselho Federal de Contabilidade; Associação Nacional do Ministério Público de Contas, entre outras. Marlon explicou que tratou-se de uma coleta relâmpago de assinaturas como "teste de popularidade", e que, se necessário, outra coleta poderá ser feita, reforçando a amplitude da mobilização social em torno da questão, como o foi com a Ficha Limpa. O senador Pedro Taques, defendendo rápida votação da matéria no Senado, acrescentou ser inadmissível que o eleitor, dono do poder, não possa saber como e em quem seu representante está votando. Na sua opinião, deve ser mantido o voto secreto para questões como indicação de autoridades e apreciação de vetos presidenciais, pois o cidadão quer o voto aberto para evitar a corrupção, distinguiu.
Secretaria de Imprensa da Presidência do Senado
Secretaria de Imprensa da Presidência do Senado
Nenhum comentário:
Postar um comentário