Em visita nesta quinta-feira (10) à Biblioteca do
Senado, o presidente José Sarney afirmou que ainda não teve tempo de despachar
o requerimento em que partidos de oposição pedem a convocação do ministro da
Fazenda, Guido Mantega, e da ministra da Casa Civil, Miriam Belchior, para que
eles expliquem as medidas utilizadas pelo governo para aumentar o superávit
primário de 2012. O requerimento foi apresentado no dia 8 pelo deputado Carlos
Sampaio (PDB-SP), que, em fevereiro, assume a liderança de seu partido na
Câmara. Na opinião de Carlos Sampaio, o governo promoveu "manobras
contábeis" para aumentar suas receitas – e, portanto, o superávit. Para
ele, a audiência com os ministros poderia acontecer ainda durante o recesso. Indagado
por jornalistas se vai deferir esse pedido, Sarney disse que está em vias de
viajar para São Paulo, mas que entende que, em casos assim, o Regimento Interno
do Senado determina que os convocados tenham 30 dias para comparecer ao Senado.
- Eu acho que no caso de convocação de ministros e
autoridades, uma vez convocadas, eles tem 30 dias para comparecer. São eles
quem marcam a data, os convocados, quando podem comparecer, acordados com a
comissão. Seria o caso de consultá-lo para ver se ele está disposto a vir nesse
período porque ele tem direito de comparecer em até 30 dias.
Acompanhado da secretária-geral da Mesa do Senado,
Claudia Lyra, Sarney visitou a exposição Modernidade no Senado, que exibe
informações sobre iniciativas e avanços tecnológicos destinados a dar mais
transparência à instituição e a aproximá-la do público. Sarney explicou porque
não viu ainda o requerimento de convocação de Mantega e Miriam Belchior.
- Olha, praticamente eu cheguei ontem. Eu estou
vindo aqui para visitar a exposição antes que ela se encerre. E como eu estou
indo para São Paulo, onde vou passar a próxima semana fazendo exames médicos de
rotina, quando eu voltar, naturalmente, vamos verificar o que tem para
despachar.
Modernidade
Sobre a exposição, ele disse que ali estão exibidos
os caminhos percorridos pelo Senado até a era da internet.
- Nós saímos da idade da pedra e estamos na idade
da informática. A Casa está totalmente informatizada e, ao mesmo tempo, com
grande transparência. Acho que não há uma repartição pública no Brasil que
tenha um portal de transparência igual ao nosso, no qual se pode acessar todos
os dados e fazer pesquisa em todos os setores. O que acontece muitas vezes é
que as pessoas não estão ainda devidamente treinadas e não sabem os instrumentos
que estão à sua disposição para buscar as informações que estão dentro do
Senado.
Sarney também disse que, nessa exposição, é
possível ver como eram feitas manualmente as anotações de projetos e como são
hoje digitalizadas.
- Ao mesmo tempo, os senadores tem acesso por um
tablet a tudo que se passa aqui dentro do Senado e podem se preparar para
discutir os projetos com maior profundidade, uma vez que há um planejamento de
inclusão de pauta. E tudo isso pode se ver aqui nessa exposição, que sucintamente,
conseguiu focar aquilo que desejávamos mostrar, o avanço que o Senado fez no
caminho da modernidade.
Agência Senado
Veja também:
Confira entrevista dada por Sarney à TV Senado sobre os assuntos da matéria
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