O Senado economizou R$ 35 milhões só com despesas
de horas extras no ano passado, uma redução de 83%, resultado da aposta na
implementação de banco de horas. A informação consta de relatório de gestão dos
anos de 2011 e 2012 apresentado nesta segunda-feira (28) pela diretora-geral da
Casa, Doris Peixoto. A prestação de contas aponta redução também no consumo de
insumos gráficos. A economia foi de R$ 1,8 milhão por ano com a substituição de
publicações oficiais impressas pelo uso do meio eletrônico. Outros R$ 3,2
milhões foram poupados em suprimentos para impressoras com a substituição por
máquinas alugadas. Já a substituição de veículos antigos, que geravam muitos
gastos com manutenção, por uma frota alugada significou uma economia anual de
R$ 2,67 milhões. Além do corte de despesas com combustível, foram poupados
quase R$ 1,5 milhão com a nova contratação.
- Temos que investir na contratação de serviço
externo. Temos que tirar do Senado o peso de uma atividade que não nos diz
respeito e nos ater ao que é o nosso negócio, a atividade legislativa - observou
Doris Peixoto, ao enfatizar também que "o caminho natural" do
Senado será contratar consultorias para projetos específicos.
O relatório informa ainda que o Senado economizou
quase 60% com telefonia móvel na assinatura de novos contratos. Além disso, a
Casa arrecadou mais de R$ 2,7 milhões com a realização de quatro leilões em
2012.
Concurso público
A diretora-geral informou também que, este ano, mais
300 cargos devem ser ocupados no Senado, com a convocação de aprovados no
concurso público de 2012, tão logo o orçamento de 2013 seja votado. No ano
passado, foram empossados 295 novos servidores. As convocações servem para
compensar a aposentadoria de mais de 400 servidores só nos últimos dois anos. Além
do treinamento dos servidores, alinhado com a agenda estratégica da
administração, Doris ressaltou a importância da revisão do quadro de pessoal,
com a identificação de gargalos. Uma necessidade apontada é a contratação de
mais engenheiros e arquitetos. O objetivo não é aumentar o número de cargos,
mas redistribuir os já existentes.
Desafios
Garantir a transparência dos atos do Senado,
ampliar o investimento na modernização e melhorar o acesso às informações
disponíveis na internet são alguns dos desafios apontados pela diretora-geral. Ela
lembra que há quase um “excesso de zelo” no trabalho com o acompanhamento dos
projetos, uma busca pela descentralização da administração por meio da
delegação de competências e uma "autovigilância" realizada pelo setor
de recursos humanos, que faz auditoria dos atos e encaminha os resultados para
o controle interno.
- Hoje o Senado é mais vigiado do que qualquer
outro lugar desta República. Tudo aqui tem que ser extremamente aberto -
resumiu.
Agência Senado
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