Presidentes de Câmara e Senado se reúnem com
presidente da República. Código de Mineração já deve ser enviado ao Congresso
como projeto de lei.
Fabiano Costa
Fabiano Costa
O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), disse na noite desta segunda (3) ao G1 que a presidente Dilma Rousseff assumiu o compromisso de reduzir a quantidade de medidas provisórias enviadas pelo governo ao Congresso. Medida provisória é um tipo de proposição que entra em vigor imediatamente depois de publicada pelo Executivo. Mas, para virar lei, tem de ser aprovada por Câmara e Senado em até 120 dias. Nos últimos anos, as MPs têm se tornado objeto de reclamação dos parlamentares, pelo número considerado excessivo e por incluírem normas sobre uma variedade de assuntos. Entre 19h30 e 22h desta segunda-feira, Alves e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), se reuniram com Dilma, no Palácio do Planalto, em um encontro intermediado pelo vice-presidente da República, Michel Temer. A presidente recebeu os dois peemedebistas depois de retornar de viagem oficial a Natal (RN), base eleitoral do presidente da Câmara. De acordo com Henrique Alves, a reunião foi "um avanço". Segundo ele, o novo Código de Mineração será a primeira demonstração da presidente do compromisso de diminuir o número de medidas provisórias. O presidente da Câmara afirmou que o código chegará ao Congresso em forma de projeto de lei, mas "com urgência constitucional", o que, em tese, ajuda a acelerar a tramitação. Ao longo da conversa no gabinete presidencial, Renan Calheiros e Henrique Alves concluíram que há necessidade de construir mais “canais de diálogo” entre os dois poderes. Eles e a presidente se comprometeram a tornar “mais rotineiras” as conversas mútuas para evitar novas crises políticas como a que quase inviabilizou a aprovação da MP dos Portos. Nesta segunda (3), duas medidas provisórias perderam a validade depois de aprovadas na Câmara e de não terem sido votadas pelo Senado. A Mesa Diretora do Senado decidiu não mais aceitar MPs que chegarem da Câmara a menos de sete dias da data de vencimento O volume de MPs editadas nos últimos anos pelo Executivo tem incomodado parlamentares governistas. Mesmo com uma ampla base de apoio ao governo no Congresso, Dilma, a exemplo de seus antecessores, tem optado por recorrer à criação das MPs para driblar o tempo de discussão dos temas no Legislativo, mesmo em relação a assuntos que, aparentemente, poderiam ter sido analisados pelos parlamentares antes de serem colocados em prática. Somente em
Nenhum comentário:
Postar um comentário