A elaboração de um pacto nacional para a melhoria dos serviços públicos será pauta das reuniões da presidenta Dilma Rousseff, nesta segunda-feira (24), no Palácio do Planalto, com prefeitos, governadores e movimentos sociais. A medida foi anunciada na última sexta-feira (21), em pronunciamento à nação. O programa Café com a Presidenta de hoje retomou os principais pontos abordados por Dilma, como a necessidade de se aproveitar a força das manifestações para acelerar as realizações no país. “Se aproveitarmos bem o impulso desta nova energia política, poderemos fazer, melhor e mais rápido, muita coisa que o Brasil ainda não conseguiu realizar por causa de limitações políticas e econômicas. Mas, se deixarmos que a violência nos faça perder o rumo, estaremos não apenas desperdiçando uma grande oportunidade histórica, como também correndo o risco de colocar muita coisa a perder. Como presidenta, eu tenho a obrigação tanto de ouvir a voz das ruas, como dialogar com todos os segmentos, mas tudo dentro dos primados da lei e da ordem, indispensáveis para a democracia”, disse. Dilma destacou que o Brasil não pode aceitar que uma minoria violenta destrua o patrimônio público e privado, tentando levar o caos aos principais centros urbanos do país. Ela lembrou que as demandas das manifestações ganharam prioridade nacional, como o combate sistemático a corrupção e mais qualidade nos serviços públicos como educação, atendimento de saúde, transporte público a preço justo e mais segurança. “Vou convidar os governadores e os prefeitos das principais cidades do país para um grande pacto em torno da melhoria dos serviços públicos. O foco será: primeiro, a elaboração do Plano Nacional de Mobilidade Urbana, que privilegie o transporte coletivo. Segundo, a destinação de cem por cento dos recursos do petróleo para a educação. Terceiro, trazer de imediato milhares de médicos do exterior para ampliar o atendimento do Sistema Único de Saúde, o SUS. Anuncio que vou receber os líderes das manifestações pacíficas, os representantes das organizações de jovens, das entidades sindicais, dos movimentos de trabalhadores, das associações populares. Precisamos de suas contribuições, reflexões e experiências, de sua energia e criatividade, de sua aposta no futuro e de sua capacidade de questionar erros do passado e do presente”, afirma.
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