"É com grande honra e satisfação que cumprimento os homenageados com o Diploma José Ermírio de Moraes em 2012. São todos eles personagens da maior expressão no cenário econômico brasileiro". Neste tom, o presidente do Senado, José Sarney, abriu a sessão especial que concedeu a quatro empresários o diploma José Ermírio de Moraes. O Senado confere anualmente o diploma a pessoas ou empresas que se destacam no setor industrial e contribuem de forma relevante para o fortalecimento sustentável da economia nacional. Esta terceira edição da premiação agraciou os empresários Acir Gurgacz, José Carlos da Silva Júnior, Ricardo Coimbra de Almeida Brennand e, em memória, Said Samou Salomão. O conselho que elege os homenageados é integrado por 13 senadores, de diferentes estados, e presidido pelo senador Armando Monteiro (PTB/PE). Sarney reforçou a importância dos indicados neste ano. "Todos eles são a expressão do dinamismo do empresariado brasileiro", disse o senador. Ele creditou o sucesso alcançado pelos quatro diplomados ao exemplo deixado por José Ermírio de Moraes: "pela compreensão de suas responsabilidades sociais; a capacidade de superar os desafios da nossa realidade; e o grande amor ao Brasil". O diretor Coorporativo de Relações Institucionais do Grupo Votorantim, Luiz Carlos Dutra, participou da solenidade representando o grupo empresarial e a família de José Ermírio de Moraes. Também presentes ao evento os senadores Jarbas Vasconcelos (PMDB/PE), Cássio Cunha Lima (PSDB/PB), Cícero Lucena (PSDB/PB) e Cristovão Buarque (PDT/DF).
Said Samou Salomão, a quem foi concedido o diploma in memoriam, pois infelizmente faleceu em março de 2009, foi um pioneiro do desenvolvimento comercial e industrial de Roraima. Nascido na Síria, em 1915, em 1929 emigrou para a Norte do Brasil, onde logo se instalou em Rio Branco, então um município do Estado do Amazonas. Ali começou a vida humildemente, trabalhando na padaria de seu tio Jorge Abraim Fraxe. Logo abriu sua própria casa comercial. Não parou mais: fundou a Associação Comercial e Industrial de Roraima, entrou na área industrial, na da construção civil, tornou-se produtor agrícola e foi acionista de várias empresas, inclusive do Banco de Roraima. Assim, com suas atividades estendendo-se a todos os setores econômicos de Roraima, viveu uma vida rica de ensinamentos, tornando-se uma referência no seu Estado adotivo mas também em todo o Norte do Brasil.
Assis Gurgacz também fez a trajetória de um empregado humilde a um empresário de sucesso. Nascido no Paraná, onde foi freteiro e depois proprietário de uma empresa de ônibus, tornou-se vereador e vice-prefeito em Cascavel antes de começar uma aventura: a descoberta de Rondônia. Sua empresa, a Eucatur, transportou milhares de famílias para Rondônia nas décadas de 70, 80 e 90. Transformada em grupo empresarial, a empresa passou a atuar em diversas áreas, inclusive com o Sistema Gurgacz de Comunicação, exploração de granito, em Rondônia, e, no Paraná, a Faculdade Assis Gurgacz.
José Carlos da Silva Júnior, de Campina Grande, na Paraíba, trabalhou ao lado do pai na transformação de uma pequena torrefação de café em grande empresa na área de alimentos, fabricando hoje mais de 200 itens, numa produção anual de 150 mil toneladas, constituindo-se na maior empresa do Nordeste no setor. O grupo, chamado São Braz, estendeu suas atividades também à comunicação, venda de veículos, e concessão rodoviária. Além de ocupar vários cargos de liderança empresarial, José Carlos da Silva Júnior foi Vice-Governador da Paraíba e Senador pelo Estado.
Ricardo Coimbra de Almeida Brennand, pernambucano, faz parte de uma família com tradição usineira e em produtos cerâmicos. O grupo Brennand, sob sua liderança cresceu não só nessa última área como se estendeu à fabricação de vidros, cimento, aço, além de mineração, energia, mercado imobiliário e investimentos financeiros. Ricardo Brennand, além de apoio a obras sociais, tem destacada atuação cultural, através do instituto que leva seu nome, que abriga notáveis coleções de arte e armas, uma biblioteca de 40 mil volumes e quadros do pintor Franz Post e tapeçarias de Albert Eckout, os grandes artistas trazidos por Maurício de Nassau ao Brasil.
Secretaria de Imprensa da Presidência do Senado
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