sexta-feira, 25 de maio de 2012

Quem tem medo da Delta?


Parlamentares protocolaram nesta quinta-feira (24) uma ação cautelar na justiça federal onde pedem entre outras providências o bloqueio de bens da Delta Construções. Randofle questiona qual o medo dos parlamentares em decretar a quebra de sigilo da empresa. A insistência de diversas bancadas na #CPMIdoCachoeira, em blindar a Delta Construções e seus dirigentes em nível nacional, faz com que o senador Randolfe Rodrigues questione-se qual o temor dos integrantes da CPMI, caso a construtora tenha decretada a quebra de seus sigilos fiscal e bancário. Nesta quinta-feira (24) depois de mais uma tentativa em votar o requerimento que pedia essa quebra de sigilo da Delta Nacional, a proposta foi rejeitada pelas bancadas do PT, PSDB e PMDB, que inclusive deixaram claro que existia um acordo entre os partidos para que isso não ocorresse.

Ação Cautelar: Tal atitude não deixou alternativas aos Senadores Randolfe e PedroTaques e ao deputado Miro Teixeira. Os parlamentares protocolaram uma medida cautelar preparatória com pedido de liminar na 14ª Vara Federal (DF). A ação pede o bloqueio de bens da Delta Construções S/A, a nomeação de um administrador judicial para a empresa, além do impedimento de mudanças societárias e de movimentações financeiras que não sejam essenciais à continuidade de contratos vigentes. A medida foi entregue ao juiz Jamil Rosa de Jesus Oliveira e contando com o deferimento da medida cautelar, os parlamentares ajuizarão ação popular contra a empresa, num prazo de até 30 dias. Com base nas informações apuradas pelo senador Randolfe nos inquéritos da Polícia Federal, não restam dúvidas de que grande parte dos repasses de recursos feitos para empresas laranja, em nome da organização criminosa de Carlinhos Cachoeira, vinham da Delta Nacional. De acordo com algumas dessas informações, entre junho de 2010 e maio de 2011 foram movimentados quase R$ 40 milhões pela Delta Nacional para essas empresas.

Apoio de Pedro Simon: O senador Pedro Simon (PMDB-RS) manifestou em plenário o seu apoio à atitude adotada pelos três parlamentares. “Tiveram que entrar em juízo pessoalmente, no nome deles, porque hoje de manhã a Comissão não aceitou. Prestaram um grande serviço ao Congresso Nacional. Vocês salvaram a CPI, porque apesar do debate que era travado, o que ia para a imprensa, o final é que não acontecia nada. Quem quer realmente averiguar, essa é a linha, são essas as providências. O Presidente não precisaria nem convocar a Comissão, poderia fazer por conta própria”, enfatizou o senador.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Acompanhe

Clique para ampliar