segunda-feira, 28 de maio de 2012

Deu na coluna “Denise Rothenburg - Nas entrelinhas”

Por falar em prisão...

Finalmente, parece que chegamos ao fim do desfile de presidiários na CPI que investiga os negócios do contraventor Carlos Cachoeira e suas relações com autoridades públicas. A sensação é a de que acabou o recreio na CPI. Essa semana, por exemplo, será crucial sobre que rumo a comissão irá tomar, diante de tantas pontas a investigar, inclusive governadores, algo que nos proporcionará um verdadeiro jogo de empurra. Marconi Perillo, por exemplo, está pronto pra jogar Cachoeira no colo do PMDB, enquanto os governadores e ex-governadores do PMDB torcem para não serem chamados. Outros querem ver Cachoeira no colo do governo federal ou do PT. Se não der para ser o colo do PT nacional, que seja o de Agnelo Queiroz. Uma grande ponta desse braço é a Delta. Como já dissemos aqui ontem nesta coluna se o colegiado precisava de algum motivo para chamar a depor Fernando Cavendish, ex-proprietário da Delta Construções, essa razão surge cristalina como água da fonte nos cruzamentos feitos pelo senador Randolfe Rodrigues (PSol-AP) e seus assessores. Para você que não leu a Nas entrelinhas ontem, vale reprisar: Randolfe acredita que o esquema de Cachoeira se divide em dois grupos de empresas. O primeiro, abastecido pelo lucro da contravenção, movimentou R$ 11 milhões de junho de 2010 a abril de 2011. Enquanto isso, no mesmo período, um segundo grupo de empresas recebeu R$ 39,9 milhões da Delta Construções. Só a Alberto & Pantoja recebeu R$ 26 milhões da Delta. E os cálculos de Randolfe levam à suspeita de que a Alberto & Pantoja existia apenas para receber e redistribuir dinheiro da Delta. Portanto, está na hora de os antigos proprietários da Delta serem chamados a explicar por que cargas d’água mandavam tanto dinheiro para uma empresa de fundo de quintal.

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