Foi com muita tristeza que recebi a notícia do falecimento de Norma Bengell. Nos últimos anos ela viveu um período de grandes dificuldades, inclusive de saúde, que muito a amarguraram. Fui o recipiente solidário de alguns de seus desabafos, onde mostrava profundo sofrimento. Norma foi uma grande artista, uma pioneira, que participou de projetos inovadores e realizou uma obra importante. Em sua larga filmografia como atriz, destaco sua colaboração com Glauber Rocha, que a convocou para filmar A Idade da Terra, sua ousadia — um marco de nosso cinema — de realizar o nu de Os Cafajestes, de Ruy Guerra, e sua atuação em A Casa Assassinada, de Paulo César Saraceni, baseado na obra de Lúcio Cardoso. Foi envolvida numa polêmica difícil quando realizou O Guarani, e foi com coragem que continuou a filmar. Norma Bengell deixa a força de sua expressividade, para sempre, na história do cinema brasileiro.
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