Papaléo Paes discursa contra proposta de taxação das cadernetas de poupança
O senador Papaléo Paes (PSDB-AP) criticou a recente proposta do governo federal de taxar as cadernetas de poupança com saldos superiores a R$ 50 mil.
- A classe média e os usuários da caderneta de poupança estão apreensivos com a possibilidade de mais um confisco de suas pequenas economias - disse.
O senador afirmou que o pequeno poupador brasileiro tem um futuro nada animador pela frente: o governo federal propôs a taxação das poupanças com saldos superiores a R$ 50 mil a partir de 2010. Papaléo argumentou que os pequenos poupadores economizam durante anos para poder comprar a casa própria, financiar um carro, pagar a educação dos filhos, ter um fundo de reserva para emergências de saúde, viajar ou ter uma aposentadoria mais tranquila. Além disso, a maioria dos poupadores brasileiros vive "com o orçamento apertado" e enfrentam "pesada carga de impostos".
Com essa nova taxação, opinou Papaléo, o governo federal quer aumentar sua arrecadação para "cobrir os seus gastos desvairados" e evitar a fuga de capitais dos fundos de investimento, mas esquece que os recursos da caderneta de poupança são a base do financiamento habitacional no país.
- Em 1990 houve aquele infeliz confisco e a maioria da classe média entrou em pânico. Muitos perderam tudo que tinham, outros entraram em depressão, tiveram infartos e se endividaram. Adiaram planos e até cometeram suicídios. Foi verdadeiramente um momento difícil da história financeira do País, que ninguém quer que se repita - sentenciou.
Papaléo acrescentou que cerca de 90% das pessoas que têm caderneta de poupança não são grandes investidores. Ele disse que "o dinheiro do poupador da poupança é um dinheiro limpo, suado, honesto e fruto do trabalho digno" e, por isso, deve ser protegido, garantido e bem administrado pelo governo.
- Taxar a poupança é a pior saída política que o governo inventou para equilibrar suas contas, acabar com a migração dos fundos, compensar a renúncia fiscal concedida às montadoras e às fabricantes de geladeiras, fogões e televisores, cobrir os custos de outras facilidades ofertadas às construtoras ou para fazer face aos seus gastos exorbitantes - disse Papaléo, para quem a medida representa "tirar mais dinheiro do bolso dos mais fracos".
Em aparte, a senadora Rosalba Ciarlini (DEM-RN) elogiou o pronunciamento do colega. Na opinião dela, a possibilidade de uma nova taxa recair sobre as poupanças está preocupando milhões de brasileiros.
- O presidente dizia que jamais mexeria na poupança. Taxar a poupança é mexer na poupança. É tirar, todo dia, um pouquinho do suor do homem trabalhador, da mulher trabalhadora, da família brasileira. Minha gente, chega de tantos impostos! - criticou Rosalba.
Da Redação / Agência Senado
Confira o pronunciamento na íntegra...
Ouça o áudio do discurso...
O senador Papaléo Paes (PSDB-AP) criticou a recente proposta do governo federal de taxar as cadernetas de poupança com saldos superiores a R$ 50 mil.
- A classe média e os usuários da caderneta de poupança estão apreensivos com a possibilidade de mais um confisco de suas pequenas economias - disse.
O senador afirmou que o pequeno poupador brasileiro tem um futuro nada animador pela frente: o governo federal propôs a taxação das poupanças com saldos superiores a R$ 50 mil a partir de 2010. Papaléo argumentou que os pequenos poupadores economizam durante anos para poder comprar a casa própria, financiar um carro, pagar a educação dos filhos, ter um fundo de reserva para emergências de saúde, viajar ou ter uma aposentadoria mais tranquila. Além disso, a maioria dos poupadores brasileiros vive "com o orçamento apertado" e enfrentam "pesada carga de impostos".
Com essa nova taxação, opinou Papaléo, o governo federal quer aumentar sua arrecadação para "cobrir os seus gastos desvairados" e evitar a fuga de capitais dos fundos de investimento, mas esquece que os recursos da caderneta de poupança são a base do financiamento habitacional no país.
- Em 1990 houve aquele infeliz confisco e a maioria da classe média entrou em pânico. Muitos perderam tudo que tinham, outros entraram em depressão, tiveram infartos e se endividaram. Adiaram planos e até cometeram suicídios. Foi verdadeiramente um momento difícil da história financeira do País, que ninguém quer que se repita - sentenciou.
Papaléo acrescentou que cerca de 90% das pessoas que têm caderneta de poupança não são grandes investidores. Ele disse que "o dinheiro do poupador da poupança é um dinheiro limpo, suado, honesto e fruto do trabalho digno" e, por isso, deve ser protegido, garantido e bem administrado pelo governo.
- Taxar a poupança é a pior saída política que o governo inventou para equilibrar suas contas, acabar com a migração dos fundos, compensar a renúncia fiscal concedida às montadoras e às fabricantes de geladeiras, fogões e televisores, cobrir os custos de outras facilidades ofertadas às construtoras ou para fazer face aos seus gastos exorbitantes - disse Papaléo, para quem a medida representa "tirar mais dinheiro do bolso dos mais fracos".
Em aparte, a senadora Rosalba Ciarlini (DEM-RN) elogiou o pronunciamento do colega. Na opinião dela, a possibilidade de uma nova taxa recair sobre as poupanças está preocupando milhões de brasileiros.
- O presidente dizia que jamais mexeria na poupança. Taxar a poupança é mexer na poupança. É tirar, todo dia, um pouquinho do suor do homem trabalhador, da mulher trabalhadora, da família brasileira. Minha gente, chega de tantos impostos! - criticou Rosalba.
Da Redação / Agência Senado
Confira o pronunciamento na íntegra...
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