quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Senado Federal


Lideranças políticas e da sociedade civil entregam a Sarney manifesto em defesa do MST

Várias lideranças políticas e da sociedade civil, entre essas, Dom Tomás Balduíno; o poeta Pedro Tierra; o presidente da União Nacional dos Estudantes, Augusto Chagas; estiveram nesta terça-feira (29) com o presidente Sarney para entregar-lhe o abaixo-assinado denominado Manifesto em Defesa do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). O documento foi entregue pelo deputado Doutor Rosinha (PT/PR), que estava acompanhado dos senadores José Nery (Psol/PA), Serys Slhessarenko (PT/MT), Fátima Cleide (PT/RO), João Pedro (PT/AM), além de vários outros parlamentares. Durante o encontro, o presidente do Senado manifestou seu apoio à melhor distribuição de terras no país, e confirmou sua defesa contra a criminalização do MST. "A luta pela terra não pode ser demonizada como querem muitos. Já perdemos a guerra nas grandes cidades que ao longo dos anos foram inchando sem a devida infra-estrutura para receber tanta gente. Agora não podemos perder a guerra no meio rural. Por isso é importante enfrentarmos a questão da melhor distribuição de terras, de maneira a incentivar a fixação do homem no campo", afirmou. Sarney contou aos presentes que em recente visita realizada no interior do Amapá ouviu anseios de populares por um pedaço de terra. "Eles me diziam que sem uma Reforma Agrária que realize uma distribuição mais justa, o jeito é arrumar documentos e ir embora", relatou o presidente do Senado aos presentes. No documento entregue a Sarney, com apoio de centenas de instituições nacionais e internacionais, cerca de três mil manifestantes defendem a descriminalização do MST, o cumprimento das normas constitucionais que definem as terras destinadas à Reforma Agrária e a adoção imediata dos novos critérios de produtividade para a agricultura nacional. De acordo com Augusto Chagas, "os proprietários rurais, que tanto se ufanam da produtividade, não deveriam temer o aumento dos índices exigidos para a manutenção de suas terras".O presidente Sarney também recebeu, de Dom Tomás Balduíno, uma cópia de uma carta da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) endereçada ao presidente Lula. A correspondência afirma que os índices de produtividade utilizados pelo INCRA, a partir de dados do IBGE de 1975 "estão defasados". Segundo Dom Tomás, as Pastorais Sociais da CNBB compartilham a convicção de que a Reforma Agrária contribui para a superação da situação de miséria e abandono dos acampados. "Sobretudo, permite destinar as terras, prioritariamente, para a produção de alimentos e a preservação ambiental", ressaltou Dom Tomás.

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