Indústria lança manifesto pedindo medidas de incentivo ao setor no Brasil
Wagner Gomes – O Globo
Reunidos ontem na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), representantes da indústria e das centrais sindicais voltaram a cobrar o compromisso do governo para barrar a enxurrada de importados no país, além de pedir a desoneração de investimentos e medidas para a redução dos juros. Foram 27 entidades, das quais 19 empresariais e oito sindicais, que prometem fazer uma mobilização nacional contra o que chamam de desindustrialização do país. A agenda de manifestações começa hoje com uma visita ao presidente do Senado, José Sarney, para solicitar rapidez na tramitação da Resolução 72/2010, que elimina incentivos do ICMS às importações, e vai até maio, quando haverá um encontro com a presidente Dilma Rousseff na Confederação Nacional das Indústrias (CNI), em Brasília.
- Nos últimos cinco anos o Brasil deixou de criar 770 mil postos de trabalho por conta da desindustrialização - disse Paulo Skaf, presidente da Fiesp. Inicialmente, o encontro de ontem teria a participação do ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, que acabou cancelando presença. Mesmo assim, empresários e sindicalistas finalizaram um manifesto chamado de "Grito de alerta em defesa da produção e do emprego". De acordo com o documento, a desindustrialização vem se intensificando desde 2008. Em 1985, a indústria de transformação representou 27% do PIB; em 2011 estima-se que chegue a menos de 16%. Segundo a Fiesp, o coeficiente de importação da indústria geral atingiu 23,1% em 2011, maior índice da série histórica, iniciada em 2003. Entre as medidas sugeridas pelo setor, está a redução da taxa básica de juros e a adoção de medidas para reduzir a sobrevalorização cambial. Assinam o manifesto as principais centrais sindicais do país e representantes dos setores têxtil, de máquinas e plástico.
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