terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

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Acena de um apontador do bicho deixando uma delegacia da Zona Sul minutos depois de ter sido detido, erguendo a cadeira usada em seu trabalho como troféu, reflete a impotência da cúpula da segurança diante da máfia dos contraventores. A lei considera o jogo apenas uma contravenção e os bicheiros têm a cumplicidade de policiais civis, militares e federais, que lhes dão proteção e informações privilegiadas. Para mudar esse quadro, o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, lançará uma ofensiva: vai criar uma força-tarefa para investigar o crime de lavagem de dinheiro do bicho, cometido pelos agentes que atuam nessas quadrilhas. O grupo terá o apoio de policiais de reputação ilibada e de procuradores da República. Além disso, o governo estadual faz pressão no Congresso para reformar o Código Penal, criminalizando o jogo.


O ex-vice-presidente do Banco do Brasil Allan Toledo, que até dezembro dirigia uma das áreas mais importantes da instituição, está sendo investigado por ter recebido quase R$ 1 milhão numa conta bancária em 2011. Toledo foi exonerado do banco depois de ser identificado pelo governo como participante de um movimento cujo objetivo seria desestabilizar o presidente do banco, Aldemir Bendine, e ficar com seu cargo, como revelou a coluna "Painel" da Folha. O BB abriu sindicância para apurar o caso por suspeita de lavagem de dinheiro, notificou a Polícia Federal e trocou informações sobre o caso com ela. Toledo era vice-presidente da área de Atacado, Negócios Internacionais e Private Banking do banco. A investigação só teve início depois da demissão de Toledo pela instituição e teve como origem relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), do Ministério da Fazenda, sobre a movimentação bancária de Toledo no ano passado.


A candidatura de José Serra à Prefeitura de São Paulo permitirá a ele "voltar à cena política com força" e foi a decisão mais adequada para o ex-governador e para o PSDB, afirmou ontem o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em entrevista exclusiva ao Estado. "Dá a chance para o partido ganhar e dá a ele uma revitalização política", analisou o ex-presidente. Segundo FHC, a eleição para prefeito não significa que o ex-governador abandona o projeto de disputar a Presidência no futuro. "Política é uma coisa muito dinâmica. Tem sempre a cláusula de prudência. Política não é uma coisa em que os horizontes se fecham", disse, ao comentar sobre a possibilidade de o tucano, mais uma vez, deixar um cargo para se candidatar a outro, como aconteceu quando era prefeito e governador de São Paulo.


Antes de discutir as eleições presidenciais de 2014, o tucano José Serra terá que enfrentar uma batalha local que deve se estender pelos próximos sete meses, até o primeiro domingo de outubro, data do primeiro turno. Tão logo o tucano confirmou ontem, pelo Twitter, a pré-candidatura à prefeitura de São Paulo, as redes sociais explodiram com reações de adversários e defesas de correligionários do ex-governador. O ex-chefe da Casa Civil José Dirceu lembrou que o PT já tem candidato e que é hora de pensar na pré-campanha de Fernando Haddad. No sábado, ele já havia postado outra provocação ao PSDB, em um artigo intitulado Quem tem medo de José Serra?. No texto, Dirceu lembra que Serra perdeu as eleições de 2010 e transformou-se em uma figura isolada no partido. "Se Serra não serve para ser presidente do Brasil, por que serviria para ser prefeito de São Paulo?", desdenhou o dirigente.


Cinco cartéis elevaram o preço de computadores, televisores e componentes eletrônicos no Brasil, entre 1998 e 2009. Em todos os casos, os cartéis são mundiais. Eles foram organizados por empresas que venderam produtos, como tubos, painéis, discos ópticos e memórias, para centenas de países. Como o Brasil foi incluído entre os países que adquiriram produtos desses cartéis, o Ministério da Justiça decidiu abrir investigação contra 44 empresas. Algumas aparecem em mais de uma investigação. A LG, por exemplo, está em duas investigações nas quais há o nome de três de suas subsidiárias. A Hitachi aparece em três processos. A Toshiba e a Quanta estão em dois processos com duas subsidiárias diferentes cada uma. Já a Samsung é suspeita nos cinco processos que foram abertos pela Secretaria de Direito Econômico (SDE).

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