Já foram apresentados 167 requerimentos. Além de Carlinhos Cachoeira e do senador Demóstenes Torres, os parlamentares querem ouvir os governadores Marconi Perillo (GO) e Agnelo Queiroz (DF), cujos nomes foram citados em gravações telefônicas.
Arquivo/ Saulo Cruz
CPMI do Cachoeira, instalada na quarta-feira: 167 requerimentos em dois dias.
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira se reúne hoje, às 14h30, e pode definir suas primeiras audiências. O relator, deputado Odair Cunha (PT-MG), vai apresentar um plano de trabalho para as próximas semanas. Os parlamentares também devem eleger o vice-presidente da comissão. Até sexta-feira (27), já haviam sido apresentados 167 requerimentos com pedidos de documentos sigilosos, de convocação de depoentes e de quebra de sigilos bancário e fiscal de suspeitos.
Acesse a relação completa dos 167 requerimentos apresentados.
Entre os depoimentos solicitados pelos parlamentares estão o do próprio Carlinhos Cachoeira e do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO). Também estão na lista o sócio majoritário da Delta Construções, Fernando Cavendish; o engenheiro Cláudio Abreu, ex-diretor regional da Delta; o contador Geovani Pereira da Silva, apontado como tesoureiro do esquema de Cachoeira; os governadores de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), e do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT); o procurador-geral da República, Roberto Gurgel; e até o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. São muitos também os pedidos de quebra de sigilos bancário e fiscal. Estão no alvo dos parlamentares, além de nomes indicados pela Polícia Federal (PF) com algum tipo de ligação com Cachoeira, a Delta Construções e a Alberto & Pantoja Construções e Transportes Ltda, considerada pela polícia uma empresa de fachada, criada exclusivamente para receber dinheiro “sujo” da Delta. Até agora, a CPMI aprovou apenas um requerimento, em sua primeira reunião, na terça-feira (24), com pedido de informações ao Supremo Tribunal Federal (STF), ao Ministério Público Federal e à PF sobre as operações Vegas e Monte Carlo. O STF decidiu, nesta sexta-feira (27), compartilhar os dados do inquérito com a CPMI.
Arquivo/ Leonardo Prado
Marco Maia afirma que a não existência de sub-relatorias vai facilitar trabalho de relator.
Sub-relatorias
O presidente da Câmara, Marco Maia, disse na semana passada que considera correta a ideia de a CPMI não ter sub-relatorias. Segundo ele, a existência de sub-elatorias dilui o trabalho e há perda de foco. “Não ter sub-relatorias melhora o trabalho do próprio relator.” Marco Maia, que relatou a CPI da Crise Aérea, acha que o relator deve tratar de todos os assuntos da comissão. Questionado sobre a legitimidade do relator da CPMI, deputado Odair Cunha (PT-MG), por ser do PT, Marco Maia respondeu que o partido tem maioria na casa, mas que o relator não representa um partido e que, portanto, é legítimo. “A composição da Câmara se dá pela representatividade, e o mesmo acontece para cada comissão do Congresso.” O presidente completou que a CPMI não pode existir apenas para o debate e deve produzir o que a sociedade almeja, o esclarecimento do fato. “A CPMI tem que ter foco e necessita de análise técnica, de uma linha condutora nas investigações.”
Da Redação/DC
Com informações da Agência Senado
Com informações da Agência Senado
Nenhum comentário:
Postar um comentário