Data: | 09.12.11 |
Veículo: | O Estado de SP |
Nelson Motta Dramas e comédias do poder
(...) No Brasil da ditadura nunca se ousou, por motivos óbvios. Imaginem uma minissérie com um general presidente? Mas a história de Collor daria uma boa ficção, com reviravoltas emocionantes, a CPI, o dia das camisas pretas, o impeachment, e até um assassinato misterioso no final: quem matou PC Farias? Já a história que começa nas Diretas Já e vai à eleição de Tancredo, sua agonia e morte, e termina com a posse de Sarney, seria tão absurda que dificilmente um espectador estrangeiro acreditaria nela, seria inverossímil. O governo Sarney só poderia ser ficcionalizado em forma de chanchada.
ESCLARECIMENTO |
Sobre artigo de Nelson Motta publicado nos jornais O Globo e O Estado de São Paulo
Sr. editor,
Nelson Motta, como de hábito, cita o nome do senador José Sarney no seu artigo de hoje (09/12/11). Não cabe discutir a opinião do articulista, nem seu rotineiro costume de desqualificar o senador. Mas assim como se opina, também se lamenta. Desta vez, sua capacidade de síntese extrapolou o bom senso. Determina que “O governo Sarney só poderia ser ficcionalizado em forma de chanchada”. A restituição das eleições diretas para presidência da República e prefeitos de capitais; a extinção da censura prévia; a legalização de todos os partidos políticos; a restauração da liberdade sindical e a criação do SIAF (que ainda hoje é considerado o meio mais eficiente de se averiguar nossas contas públicas), só poderiam “ser ficcionalizados em forma de chanchada”? Secretaria de Imprensa do Gabinete Presidência do Senado |
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