quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Governo e Eletrobras se unem para concluir o Luz para Todos no Amapá

Em reunião com o governador Camilo Capiberibe, Eletrobras reforçou que Programa não pode parar no Estado e trabalha para que seja cumprido até o final.

O governador Camilo Capiberibe definiu junto com o coordenador do Luz Para Todos na região Norte, Luis Henrique Ludovice, que o governo do Estado e a Eletrobras trabalharão para resolver o problema de abastecimento de energia do Amapá. Retomado em fevereiro, o Programa Luz Para Todos fecha o ano com 4.600 ligações em todo o Estado. É o dobro do que foi realizado nos últimos oito anos e a meta, em 2012, é alcançar moradores de todas as localidades ainda não atendidas pelo Programa. O Luz Para Todos foi criado em 2003 pelo governo federal para tirar do escuro milhares de brasileiros e acabar com exclusão elétrica. Há dois anos o governo do Estado assinou convênio com a Eletronorte para que todos os 16 municípios fossem atendidos, porém o Programa não avançou por falta de pagamento de contrapartida por parte do GEA. Cerca de 100 mil pessoas deixaram de ter o benefício. Este ano o governador Camilo retomou o Programa, repassando R$ 2 milhões dos R$ 22 milhões que o Estado está investindo. No acordo, a Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) é responsável por R$ 15 milhões desse montante e o GEA com o restante de R$ 7 milhões. Ainda em dezembro o governo irá cumprir o pagamento de R$ 1,5 milhão e propôs o parcelamento do restante a partir de janeiro, o que foi aceito pelo coordenador Luis Henrique. O coordenador reforçou que o Programa não pode parar no Amapá, uma vez que a Eletrobras está trabalhando com o governo para ele seja cumprido até o final. "Temos consciência da melhoria da qualidade de vida de todos os que estão no Programa. Conseguimos avançar em itens essenciais, como o licenciamento ambiental e a concessão de terrenos para a construção de subestação", disse Henrique Ludovice. No acordo com a Eletronorte ficou acertado que o governo do Estado iria avaliar a liberação de licenciamento ambiental para as obras do Programa, o que foi cumprido em julho pelo Instituto de Meio Ambiente e Ordenamento Territorial do Amapá (Imap). Dezesseis licenças são necessária para o andamento do Programa e, dessas, falta somente a liberação de área na Reserva Extrativista do Cajari, que depende da anuência da Fundação Chico Mendes. As licenças liberadas estão dentro das exigências legais. O presidente da CEA, José Ramalho, falou da importância dada pelo governo e Companhia para o Luz Para Todos. "Estamos recuperando a CEA e, ao mesmo tempo, investindo na melhoria no atendimento, a exemplo deste Programa. Estamos executando um programa que nos foi deixado com falhas, mas não vamos parar. O que foi acordado está sendo cumprido dentro da legalidade e de nossas limitações orçamentárias", ponderou o diretor. A CEA conseguiu repassar mais de 80% do valor acertado entre a Companhia, GEA e Eletrobras. No Amapá, cerca de 18.900 famílias terão cobertura do Programa divididas em 367 comunidades. Para que o sofrimento seja minimizado, o Estado abastece grupos geradores com óleo diesel. O governador Camilo informou que gasta-se hoje com o combustível R$ 700 mil por mês. "Bailique não desenvolve porque não tem energia elétrica, eles são ricos em madeira, pescado, açaí, palmito, camarão, mel e outros produtos, mas precisam de energia 24 horas, por isso nosso empenho junto com a Eletrobras para concluir o Programa", ressaltou o governador.

Mariléia Maciel/Secom

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