terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Presidência do Senado esclarece a revista Época sobre dados do Maranhão e legitimidade da presidência de Sarney


A Secretaria de Imprensa da Presidência do Senado encaminhou nota, na última semana, à revista Época, com esclarecimentos a respeito de dados estatísticos envolvendo o estado do Maranhão e sobre o exercício da presidência do Senado pelo senador José Sarney. 
Leia a nota:

"Caro Editor,

Ao discorrer sobre uma série de índices fornecidos pelo IBGE, Ruth de Aquino, em artigo publicado na Época com o título “O que vale mais: um preso ou um estudante”, utiliza como único Estado para referenciar sua abordagem o Maranhão, do “clã Sarney... dinastia que controla esse Estado há 45 anos”, conforme anotou.
Nesta linha, não é propósito desta carta avaliar as tendências político-partidárias da articulista, mas o texto enviesado sobre dois caros temas para a sociedade brasileira: o analfabetismo e a mortalidade infantil. De início, três esclarecimentos para o leitor de Época:

1) O presidente do Senado Federal José Sarney não comanda o Maranhão há 45 anos. Os governadores que o sucederam foram indicados em eleição indireta pelos militares de 1964, à exceção de Luiz Rocha, Cafeteira, Lobão, Jackson Lago e Roseana;

2) Sobre “o presidente vitalício do Senado”, Ruth de Aquino ignora que o senador José Sarney, em fevereiro de 2011, foi reeleito por 70 votos, dos 80 possíveis, para mais um mandato de dois anos de acordo com a Constituição e o regimento do Senado;

3) Ruth de Aquino escreve que José Sarney afirmou: “O bom homem público olha e vive para seu país”. E diz que “ficaria satisfeita se o homem incomum, blindado por Lula e aliado de Dilma, olhasse para o Estado onde nasceu”. Ruth de Aquino esquece que esse homem, José Sarney, foi como primeiro presidente civil depois de 1964, responsável pelas eleições diretas para a presidência da República, extinguiu a censura prévia à imprensa imposta pelos militares e legalizou todos os partidos políticos que haviam sido colocados na clandestinidade e que esses são atributos de quem “olha e vive para seu país”.

Quanto aos índices sobre o analfabetismo e a mortalidade infantil do Maranhão, sugerimos a Ruth de Aquino uma análise mais abrangente. Assim como foi buscar nas informações do IBGE que o Maranhão tem 19,31% de analfabetos ocupando a 24º posição entre os Estados, valeria se informar, e informar aos seus leitores, que o Maranhão foi o estado brasileiro que mais evoluiu seu IDH na última década, dentre todas as unidades da federação.

Por que Ruth de Aquino não citou São Paulo que produz 33,46% do PIB brasileiro e está na quarta posição, dentre os estados brasileiros, na relação analfabetismo/população? Fica a pergunta: por que entre os 27 estados, o Maranhão é a referência do artigo? O objetivo é óbvio: atribuir ao senador José Sarney a responsabilidade pelas históricas desigualdades regionais brasileiras contra as quais ele continua lutando. Essa é inclusive uma das razões pelas quais ele é tão combatido pela mídia cujo eixo de poder está entre São Paulo e Rio.
Gratos pela publicação,

Secretaria de Imprensa da Presidência do Senado"

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