segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Randolfe: “Não resolveremos a crise na segurança pública criminalizando os policiais”

O senador Randolfe Rodrigues manifestou nesta sexta-feira (03) seu apoio aos policiais militares de todo o país que estão em mobilização constante por melhores condições de trabalho. No Ceará, Pará, Bahia e Espírito Santo, desde 2010, os policiais organizam manifestações para denunciar as péssimas condições em que trabalham. Neste ano alguns estados já paralisaram e outros podem aderir às manifestações a qualquer momento. “Estamos assistindo a uma crise nas estruturas da segurança pública do Brasil uma das soluções para este problema passa pela valorização dos profissionais dessa área. Em especial com a aprovação da PEC 300. Não resolveremos essa crise criminalizando os policiais, e sim reconhecendo que eles ganham pouco e que o Estado precisa garantir a eles, melhores condições de trabalho e vida”, enfatizou Randolfe. O PSOL também declarou todo o seu apoio aos policiais mobilizados pelo país e divulgou uma nota de solidariedade onde considera autoritária a postura dos governos estaduais, “que se juntam para reprimir os movimentos de greve”.  O PSOL afirma também “que os trabalhadores não devem pagar pela crise da segurança pública”.

Leia abaixo a nota do PSOL

Insatisfação nos quartéis é fruto da crise!

O ano de 2012 começou com a fortíssima greve unificada dos policiais militares e bombeiros do estado do Ceará, e se aprofunda com a deflagração da greve da PM no estado da Bahia. Além das mobilizações no Pará e Espírito Santo, possivelmente na próxima semana, os policiais civis, militares e bombeiros do Rio de Janeiro também devem parar.
Ocorreu o despertar dos policiais para a luta por melhores salários e condições de trabalho. A luta dos bombeiros no RJ deu exemplo de resistência. A necessidade e a justeza desta luta se espelham na defesa do PSOL pela aprovação da PEC 300. Há um conluio do governo federal e dos governos estaduais para impedir a aprovação de um piso nacional para policiais militares, e ao mesmo tempo, o governo Dilma anuncia corte de R$ 60 bilhões no orçamento 2012. Tudo isso para satisfazer os interesses dos credores da dívida pública.
É necessário afirmar que a crise nesta área afeta diretamente os mais pobres e, sua resolução, é dever dos governos estaduais e federal. Uma das principais medidas neste sentido é a aprovação da PEC 300, garantindo salários dignos aos trabalhadores, acompanhada de uma profunda reflexão sobre o atual modelo da segurança pública brasileira que hoje, infelizmente, criminaliza e persegue as maiorias excluídas como a população LGBTT, a juventude negra e o conjunto dos movimentos sociais em luta.
Denunciamos a postura autoritária dos governos estaduais, que se juntam para reprimir os movimentos de greve. Neste caso tal atitude unifica PSDB, PT e PMDB.
O PSOL é contra que os trabalhadores paguem pela crise. Continuamos batalhando pela auditoria da dívida pública e pelo fim do superávit primário.
O PSOL exige abertura imediata de negociações com grevistas da Bahia, do RJ e dos demais estados, a mais breve aprovação da PEC 300 e o fim da criminalização dos movimentos sociais!

Brasília, 03 de Fevereiro de 2012.
Direção Nacional do PSOL

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