No próximo dia 10 de setembro será realizada no Senado Federal a audiência pública sobre o caos aéreo no Norte e no Nordeste do país. Governo, ANAC, parlamentares e representantes de empresas do setor, participarão do debate buscando encontrar alternativas para a falta de voos e preços exorbitantes das passagens para a Região Amazônica. O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) é um dos autores do requerimento e também protagonista de uma verdadeira ofensiva no mês de agosto para denunciar esses problemas e buscar alternativas que melhorem as condições da população, que precisa se deslocar do Amapá para outras localidades em todo o Brasil. O senador defende uma aposta do governo federal na aviação regional. Fortalecendo e incentivando as empresas desse ramo.
Reuniões com Empresas aéreas
Randolfe estabeleceu contato com duas empresas aéreas que em breve estarão operando voos no estado do Amapá. Uma delas foi a MAP Linhas Aéreas, companhia manauara. Em reunião com Randolfe neste mês, o presidente e vice-presidente da empresa, informaram ao senador que em 2013 a MAP já estará operando um voo diário para Macapá. A empresa recebeu autorização da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) também neste mês. Outra resposta positiva recebida pelo senador veio após encontro, entre ele e o presidente da empresa Passaredo Linhas Aéreas, José Luiz Felício. Na reunião, o senador pediu o empenho da empresa para chegar ao Amapá e se colocou à disposição da Passaredo para ser o interlocutor entre a Companhia e o governo do Estado. Os empresários ficaram otimistas com a proposta e estão prontos para reunirem com o Governo do Estado e a Assembleia Legislativa, na busca de incentivos que possam facilitar a chegada da Passaredo ao Amapá.
Representações
Paralelo aos encontros, Randolfe protocolou uma série de representações para denunciar o que ele classifica como um “duopólio” entre TAM e GOL – únicas Companhias que operam no Amapá. No início de agosto, o senador amapaense entregou ao Diretor da ANAC, Cláudio Passos, uma representação pedindo que as duas empresas fossem investigadas por possíveis práticas irregulares, resultantes da concentração de mercado. O mesmo documento foi entregue na Infraero. Como parte da estratégia, Randolfe protocolou no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), outra representação denunciando as companhias por “possíveis práticas de infração à ordem econômica”.
Na Tribuna
A denúncia também foi feita na tribuna do Senado no dia 9 de agosto. “É um absurdo uma passagem, por exemplo, de Macapá para Belém, de meia hora de voo, custar de mil a R$ 1.200, em nome da chamada lei da oferta e da procura. Isso é um retrato do que significa a política de retirar o Estado de tudo, deixando tudo a mercê do mercado”, denunciou Randolfe em pronunciamento também neste mês.
Voos extras
Na última semana, Randolfe foi informado pelo Ministério Público do Amapá que a Companhia TAM começou a dar respostas às denúncias feitas por ele. A TAM anunciou que vai disponibilizar voos extras para a Região Amazônica em períodos de maior procura como férias e feriados. O mesmo procedimento já é adotado pela empresa na época do Círio de Nazaré (procissão católica realizada anualmente em Belém do Para e que reúne aproximadamente dois milhões de romeiros).
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