O ex-diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) Luiz Antônio Pagot já está na CPMI do Cachoeira. Ele chegou sem advogado e não quis falar com a imprensa. Os parlamentares desejam ouvir a versão do ex-dirigente a respeito das relações da empresa Delta Construtora com o Dnit. A Delta era uma das principais construtoras das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e para isso teria recebido bilhões em recursos públicos. Existem ainda suspeitas de que o grupo de Cachoeira teria operado para o afastamento de Pagot da direção do órgão. Ele foi demitido pela presidente Dilma Rousseff em 2011. Autor de um dos requerimentos de convocação do ex-diretor, o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) argumenta, no pedido aprovado em julho, que o depoimento de Pagot pode lançar luzes sobre as formas utilizadas pela Delta para influenciar na liberação de recursos públicos de forma indevida e nos vínculos dessa prática com a organização criminosa de Carlinhos Cachoeira. O outro depoente convocado é Adir Assad, dono das empresas JSM Terraplenagem e SP Terraplenagem, suspeitas de atuarem como “laranjas” e de terem sido beneficiadas com repasses de dinheiro público pela Delta. Assad entrou com um pedido de habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) e obteve liminar, concedida pelo ministro Ricardo Lewandowski, concedendo-lhe o direito de permanecer em silêncio, de comunicar-se com seu advogado e de não produzir prova contra si mesmo durante a reunião da CPI para a qual foi convocado.
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