A importância da Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária (Embrapa) para a agropecuária nacional foi ressaltada durante
sessão especial em homenagem aos 40 anos da instituição, no Senado
Federal. A cerimônia foi realizada por iniciativa da senadora Ana Amélia
(PP-RS). Vários senadores discursaram durante a sessão e destacaram aspectos
como as pesquisas e as inovações produzidas pela Embrapa que contribuíram para
o aumento da produtividade do setor, além do papel do Brasil como fonte de
alimentos para o mundo e a capacidade do agronegócio de garantir, com suas
exportações, uma balança comercial positiva para o país. A senadora Ana Amélia
disse que ao longo da carreira de quase 40 anos como jornalista ficou claro que
a história da agropecuária brasileira se divide em antes e depois da Embrapa.
Salientou que o empenho e os investimentos em pesquisa e desenvolvimento foram
fundamentais para que a balança comercial não registrasse perdas maiores que as
observadas neste ano.
- Antes de me tornar senadora fui jornalista e, nesse
período, a Embrapa, que nasceu lá no começo da minha profissão, sempre foi
destaque em incontáveis notícias e comentários que fiz ao longo de minha
carreira. A inovação, a novidade e o foco no desenvolvimento do campo sempre
foram os motivos que tornaram a empresa tão respeitada e admirada não só por
nós brasileiros, mas também no exterior – acrescentou a parlamentar gaúcha.
Com o trabalho da Embrapa, ressaltou a senadora, o
campo brasileiro ficou melhor e mais desenvolvido. Segundo ela, há 37 anos o
Brasil ocupava uma área de 37 milhões de hectares para a produção de alimentos.
Hoje, aproximadamente 52 milhões de hectares são usados para a produção
agrícola. Enquanto isso, a produção de alimentos, passou de mais de 180 milhões
de toneladas.
- Isso significa que nas últimas quatro décadas,
enquanto a área plantada cresceu 40%, a produção de alimentos foi alavancada em
400%, um elevado e surpreendente salto de qualidade e de produtividade, que se
explica, principalmente, pela aplicação de boas pesquisas e novas tecnologias
no campo brasileiro – citou Ana Amélia.
Além de Ana Amélia, que também presidiu parte da
sessão, discursaram em homenagem à instituição os senadores Jorge Viana
(PT-AC), Ruben Figueiró (PSDB-MS), Pedro Simon (PMDB-RS), Rodrigo Rollemberg
(PSB-DF), Waldemir Moka (PMDB-MS) e Valdir Raupp (PMDB-RO).
O presidente da Embrapa, Maurício Lopes, lembrou
que a instituição foi criada, no início da década de 1970, "em um tempo em
que faltava gente especializada no campo e o país precisava adaptar a
tecnologia externa antes de aproveitá-la". Ele também ressaltou o papel do
Congresso, por "reconhecer as necessidades orçamentárias essenciais à
manutenção e modernização dos recursos operacionais da empresa".
Lopes defendeu a aprovação do PLS 222/2008, projeto
de lei que tramita do Senado e cria a EmbrapaTec, "que terá por finalidade
dinamizar a relação da Embrapa com o setor produtivo e com os mercados de
inovação tecnológica".
A Embrapa foi criada em 26 de abril de 1973.
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