Não é crível que a agressão com arremesso de objetos contra o governador, secretários, parlamentares e assessores, nesta segunda, 29, tenha partido de professores. Não são educadores os que oferecem esse tipo de comportamento como exemplo à sociedade e aos alunos. Num regime democrático, durante um governo que prima pelo diálogo e pela negociação, que garantiu reajustes anuais e o poder de compra de todos os servidores, uma manifestação pautada pela violência física está absolutamente alienada da realidade. Assim como ofendeu a lógica ver o Sinsepeap emudecido e paralisado durante oitos anos, entre 2003 e 2010, enquanto os professores acumularam defasagem salarial de 30% e enfrentaram pelo menos três anos sem nenhum reajuste. Nesse mesmo período, escolas foram sucateadas, matrículas foram diminuídas. Recursos foram comprovadamente desviados e até merenda faltou. O Amapá era a imagem de um estado sem lei. Apesar do cenário de contenção, desde 2011, os servidores têm reajustes anuais, mantendo o poder de compra; professores são capacitados e instrumentalizados; 16 escolas novas, totalmente equipadas e climatizadas foram entregues à comunidade escolar. A regência de classe foi incorporada aos vencimentos, uma reivindicação de 10 anos da categoria. O Amapá supera em quase 50% o piso nacional e paga o 2º melhor piso salarial para a categoria, perdendo apenas para a capital do país. Ignorar a realidade do Amapá e do Brasil, buscar proveito político-eleitoral, incitar a violência de uma categoria, atemorizar pais e alunos com paralisações e greves como resposta ao governo que assumiu a educação como prioridade e comprova isso por ações cotidianas – de obras à valorização do professor – deve ser visto como desrespeito à sociedade amapaense. Manifesto meu repúdio às agressões e manipulações e apresento minha defesa intransigente da democracia, da educação e de toda a comunidade escolar amapaense, dos professores e servidores, alunos e pais de alunos que devem ser respeitados como pagadores de impostos, usuários dos serviços e mandatários da política pública. Minha solidariedade à Assembleia Legislativa e ao Governo do Amapá, aos professores, pais e alunos.
Deputada federal Janete Capiberibe – PSB/AP
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