MANCHETES DO DIA
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Acrise internacional chegou de vez ao Brasil e pelo mesmo caminho que em 2008: a restrição ao crédito para as empresas. Dados do Banco Central (BC) mostram que já em outubro o financiamento de matrizes estrangeiras para filiais brasileiras desacelerou fortemente, para US$1,2 bilhão, queda de 60% sobre setembro e metade da média mensal de ingresso de 2011. É o pior número desde maio de 2010. Os exportadores reclamam ainda que os bancos pequenos e médios pararam de conceder financiamento, pois preferem ficar com o dinheiro em caixa a assumir riscos em meio à turbulência. Quando emprestam, estão cobrando mais caro. A redução do financiamento externo foi uma das explicações dos analistas para a queda de 0,2% no investimento captado pelas Contas Nacionais, divulgadas semana passada.
O início do ano letivo de 2014 e as férias escolares do meio do ano deverão ser antecipadas para que alunos de colégios públicos e privados estejam liberados durante a Copa do Mundo, que começa em 12 de junho. A proposta será votada hoje na comissão especial da Câmara que discute a Lei Geral da Copa. Pelo texto, o semestre escolar deve começar em 20 de janeiro e acabar até 10 de junho
O acordo que salvaria o euro foi reprovado pelos mercados, questionado por partidos de oposição e até ameaça derrubar mais um governo - no caso o do premiê britânico, David Cameron, que se recusou a fazer parte do acordo. Ontem, as bolsas caíram, governos pagaram taxas altas para emitir títulos e agências de rating voltaram a ameaçar de rebaixamento a classificação de risco da União Europeia. Para investidores, o acordo não dá uma resposta suficiente à crise nem na velocidade que se necessitaria. A tensão nos mercados voltou a obrigar o Banco Central Europeu (BCE) a agir. Na sexta-feira, 26 dos 27 países europeus chegaram a um acordo de disciplina fiscal na UE. Mas a falta de detalhamento no plano, o fato de que será concretizado apenas em março e o racha na UE não convenceram o mercado.
A Receita Federal resolveu facilitar a vida do contribuinte. Não chegou a reduzir o peso da carga tributária — um sonho do trabalhador —, mas limou boa parte da burocracia que exigia na prestação de contas com o Leão. Na tentativa de descomplicar a vida de quem paga imposto no Brasil, o Fisco anunciou ontem uma série de medidas, que vão da declaração previamente preenchida da pessoa física (a partir de 2014) ao pagamento do tributo com o cartão de crédito, além de parcelamento previdenciário pela internet. O objetivo é poupar trabalho e tempo dos que são obrigados a declarar o Imposto de Renda, mas também reduzir a margem de erro e diminuir o custo Brasil — dificuldades burocráticas que encarecem o investimento e aumentam a sonegação.
O governo quer aumentar o percentual de componentes nacionais nos automóveis produzidos no país. As montadoras, no entanto, tentarão evitar que amedida seja feita por meio de mudança na forma de cálculo. Hoje, o conteúdo local é calculado com base nas despesas, o que inclui não apenas o custo com as peças do veículo mas outros gastos da empresa, incluindo até publicidade. A alteração fará parte do novo regime automotivo que o governo pretende adotar durante o período entre 2012 e 2016, informou ao Valor a secretária de desenvolvimento da produção, do Ministério do Desenvolvimento, Heloísa Menezes. Ela não detalha, porém, quais mudanças estão sendo avaliadas. "Há várias metodologias. Estamos estudando a melhor forma de cálculo, que dê estímulo à produção e à aquisição de peças no Brasil".
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