Com capacidade para gerar 300 MW de energia elétrica, a nova usina dará novo fôlego ao processo industrial da celulose da região do Jari.
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), afirmou ontem (13) em Macapá que a construção da Usina Hidrelétrica de Santo Antonio representa a redenção energética do Vale do Jari, na região Sul do Amapá. Nesta quarta-feira, na Câmara Municipal de Laranjal do Jari, Sarney participa do lançamento oficial das obras de construção da usina, que vai gerar mais de 300 MW de energia elétrica, suficiente para dar novo fôlego ao processo industrial da celulose da região. O empreendimento do Grupo EDP do Brasil representa o fim da geração por queima de óleo diesel para o Vale do Jari, com oferta de energia limpa para até 3 milhões de habitantes - o equivalente a cinco vezes a população do Amapá. Sarney classificou o início das obras de "momento histórico", destacando que a autonomia energética é uma de suas maiores lutas desde que passou a representar o Amapá no Senado Federal. "Desde que aqui cheguei, na década de 90, encontrei o Amapá sob racionamento de energia elétrica, e a Usina de Santo Antonio é uma luta minha de dez anos, em que tivemos de atravessar muitos obstáculos e modificar muitas leis para viabilizar o empreendimento que, agora, é uma realidade", disse Sarney, que visitou o Vale do Jari pela primeira vez ainda como presidente da República. Ele lembrou que primeiro ajudou a salvar o Projeto Jari e, agora, a usina hidrelétrica de Santo Antonio representa a possibilidade da celulose do Amapá conseguir melhor colocação no mercado internacional. "Segundo o Grupo EDP do Brasil, já há 500 pessoas trabalhando nas obras, o que significa uma nova área de desenvolvimento que se abre na região Sul do Amapá", afirmou.
Ligação rodoviária é o próximo passo
Além da Hidrelétrica de Santo Antonio, José Sarney destacou a pavimentação do trecho sul da BR-156, que liga Macapá a Laranjal do Jari. “Não tenho medido esforços para a concretização desta ligação rodoviária, que é vital para que o Jari cresça e se desenvolva”, afirmou. O presidente do Senado destacou ser “um entusiasta das grandes obras de infraestrutura, que demandam muito tempo e muito trabalho”. Ele disse que foi preciso modificar várias legislações para trazer energia elétrica para o Amapá, como o Linhão que já chegou a Calçoene, além da interligação como sistema nacional através da linha de transmissão do Tucuruí. “Eu tenho cumprido com o meu dever, e tenho a impressão de que todas as demandas e obras de interesse do Amapá têm passado pelo meu gabinete. E me sinto extremamente recompensado em ter ajudado de todas as maneiras ao meu alcance para contribuir com o desenvolvimento do nosso estado”, concluiu.
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