Depois do “massacre” aos moradores no Pinheirinho patrocinado pelo governo do PSDB em São Paulo - e assistido pelo PT, no governo federal - os dois partidos voltaram a se unir, hoje, durante a reunião da Subcomissão de Segurança Pública no Senado. Com sintonia de idéias, impediram diligência da Subcomissão para averiguar a situação em Salvador ocasionada pela Greve dos Policiais Militares na Bahia. O requerimento proposto pelo senador Randolfe (PSOL-AP), que sugeria a visita, buscando intermediar as negociações entre Governo e o movimento grevista, foi recusado pelo conjunto dos senadores. Em grande parte dos dois partidos. O senador Randolfe Rodrigues não se negará a auxiliar nas negociações. Nesta quarta-feira (08) irá a Salvador, na tentativa de encontrar alternativa pacífica para o fim da greve dos policiais. “Todo o cidadão de bem, principalmente aqueles que assumiram postos no Legislativo, devem se preocupar com a integridade física das pessoas, a valorização do trabalho daqueles que nos protegem e com a rediscussão do modelo de segurança pública brasileira que, infelizmente, criminaliza os movimentos em luta, extermina a juventude negra, agride a população LGBTT e serve aos interesses de uma pequena parcela da população”, ressalta Randolfe. Para o senador, a ação dos policiais na Bahia é semelhante ao levante iniciado em 2010 com a greve dos bombeiros no Rio de Janeiro, que teve sequência com a greve da polícia em Fortaleza (CE) e que pode desencadear novas manifestações em todo o país. Para Randolfe é um sintoma do modelo de segurança pública que temos no país. As péssimas condições de trabalho a que são submetidos os policiais em todo o Brasil devem ser resolvidas com ações de valorização dos profissionais e de melhoria salarial.
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