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Coluna do Olimpio Guarany do dia 14/04.
Política e
Sociedade
Olimpio Guarany*
Quantas vezes você já ouviu alguem falar que odeia
política, que tem aversão a política e aos políticos Será mesmo aversão ou
falta de interesse por politica? Pois é, mas precisamos entender que gostando
ou não, a política existe e faz parte de nossa vida. O homem é um ser político
por excelência. As vezes, involuntariamente fazemos política. Senão vejamos: ao
instante em que discutimos na escola sobre qual será o esporte a ser disputado
na educação física, estamos agindo politicamente. Quando um jovem tenta
convencer seus pais para ir a uma festa e chegar mais tarde, está fazendo
politica; quando defendemos nosso time de futebol; quando tentamos impor o nosso
posicionamento naquele grupo que não consegue chegar a um consenso, estamos atuando
politicamente. Se você observar vai ver que em diversos momentos, em nossas
manifestações, estamos fazendo politica. Precisamos entender que a Política,
aquela que mais conhecemos, que é realizada no campo das idéias, como principal
corolário do processo democrático, é algo saudável e necessário para a
convivência em sociedade. Não é certo dizer que a política não deveria existir
ou que todos os políticos são ladrões ou que quem entra na política só quer
roubar. Mas é comum ouvirmos expressões do tipo “se você quiser ficar rico é só
virar político”. O mais preocupante é quando esses comentários são tecidos por
jovens. É certo, entretanto, que a conduta e a biografia de muito dos políticos
que ai estão acabam levando a essas conclusões e, essa estirpe de político é
que nos faz perder as esperanças em um futuro melhor, mas não podemos perder de
vista que é através da política que conseguiremos fazer com que o dinheiro
destinado à saúde pública chegue aos doentes necessitados; que é por meio da
política que faremos com que a merenda escolar chegue ao prato das crianças que
não conseguem aprender em razão da fome; que é por meio da política que criaremos
um país de oportunidades. É, também, através da política que podemos mudar os políticos, os maus políticos, os corruptos, os incapazes e os desprovidos de espírito
público. Não podemos nos excluir do processo político, senão seremos o que pensava
Berthold Brecht, um analfabeto politico. Para ele “O pior analfabeto é o
analfabeto politico. Dizia ele: Não sabe o imbecil que, da sua ignorância
política nasce a prostituta, o menor abandonado,e o pior de todos os bandidos,que é o político
vigarista,pilantra,corrupto e o lacaio das empresas nacionais e
multinacionais." Portanto é indispensável que participemos da politica.
Atuando nos partidos ou não. Fazer política transcende o campo partidário, vai além.
Para participar e fazer acontecer as mudanças em nossa sociedade você precisa
se manifestar dando opiniões, cobrando, criticando e, acima de tudo, fazendo a
sua parte, é isso que provoca mudanças em nossa sociedade. Só precisamos
entender que é o processo político que conduz o mau e/ou o bom político ao
poder. A escolha é do povo, a escolha é nossa. Participe!
*Olimpio
Guarany é
jornalista, economista, publicitário e professor universitário
NOTAS
Estatuto de
juventude e Guerra fiscal
Entra em pauta para votação no Senado, na próxima
terça feira, o Estatuto de Juventude. Outro assunto que domina os debates na
Casa é a proposta de uma “saída organizada” da guerra fiscal – incentivos tributários
que os estados concedem para atrair investimentos privados. Há uma proposta de
unificação das alíquotas interestaduais de ICMS até 2025.
De novo?
Rejeitado no governo do PSB, o PT começa avaliar o
que fazer em 2014. Há uma corrente dentro do partido que defende a tese de se
unir ao PSOL e apoiar um outro candidato que não atual governador. A ver.
Já o PC do
B...
Bem que Luiz Pingarilho se antecipou, com pelo
menos uma semana pelo twitter, de que a parceria sairia. Só guardou com ele a
informação de como andavam as negociações para voltar ao governo do PSB. Ao
menos ele e um grupo ligado ao deputado Evandro Milhomem já se acomodaram no poder,
novamente.
Refrescando a
memória
O senador José Sarney gravou sua participação no
horário político do PMDB que vai ao ar pela TV, na próxima semana. Vai começar
a refrescar memória de muita gente, a começar pela solução do racionamento de energia.
Pra não
esquecer
Em 1993 ficávamos sem luz 18 horas por dia, quando
Sarney, usando de seu prestigio trouxe
de Camaçari, Bahia, uma usina completa que resolveu definitivamente o racionamento.
Este parque termelétrico que foi instalado em Santana responde hoje por cerca
de 80% da energia fornecida no Amapá.
E tem mais
Sarney vai lembrar que o Amapá vai passar de um
estado carente para estado-exportador de energia elétrica. Por ação dele estão
sendo construídas as usinas hidrelétricas de Ferreira Gomes, de Santo Antonio e
brevemente terá inicio a obra da usina Cachoeira Caldeirão. Vai destacar,
também, que o linhão de Tucurui que ele prometeu já chegou a Macapá e a subestação
que vai fornecer energia está em com as obras em franco andamento.
Sarah, Unifap
e Ifap
Outras lembranças nas falas de Sarney: foi ele quem
trouxe pra cá o Hospital Sarah e a escola Técnica Federal (Ifap) que está em
pleno funcionamento em Macapá e em Laranjal do Jari. Não vai deixar escapar que
foi ele, quando presidente da república, quem criou a Universidade Federal do
Amapá (Unifap).
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