Deputados criam comissão para acompanhar as investigações sobre o desabamento

A Assembleia Legislativa deve comunicar a empresa Anglo Ferrous sobre a criação da comissão.

Os deputados aprovaram na manhã de ontem, 1º de abril, em sessão ordinária, a criação de uma Comissão Parlamentar Especial (CPE). Os deputados, além de acompanharem os desdobramentos das investigações sobre o desabamento do píer flutuante da mineradora Anglo Ferrous – na madrugada de quinta-feira, 28 de março, em Santana – também terão o papel de fazer a ligação entre a empresa com os familiares, que ainda buscam informações sobre o ocorrido. “Queremos entender o que aconteceu e como aconteceu, como a empresa desenvolvia as atividades e se realmente a mineradora tinha todos os cuidados necessários para com a preservação da vida dos trabalhadores, que é o bem maior, ou se a preocupação era apenas o lucro pelo lucro”, explicou o deputado Charles, que irá presidir a comissão, conforme especifica a portaria assinada pelo presidente da Casa, deputado Júnior Favacho. A CPE será composta por sete parlamentares, sendo quatro de Santana. Além de Charles Marques (PSDC), integram a comissão Jorge Salomão (DEM), Edinho Duarte (PP), Ocivaldo Gato (PTB), José Luiz (PT), Roseli Matos (DEM) e Mira Rocha (PTB). Os trabalhos devem durar 120 dias, prorrogáveis uma única vez pelo mesmo período.  Conforme o presidente da CPE, será montado um corpo técnico composto de engenheiros, advogados, entre outros profissionais, para dar suporte aos parlamentares. A Assembleia Legislativa deve comunicar a empresa Anglo Ferrous sobre a criação da comissão. “Iremos aguardar a empresa receber o comunicado para darmos início aos trabalhos, mas o desejo é começarmos o quanto antes já com uma visita a mineradora”, disse Charles Marques.

Acidente – A estrutura do porto da Anglo Ferrous – usada para embarque de minérios exportados para vários países – desabou no começo da madrugada de quinta-feira, 28 de março, em Santana, acerca de 20 quilômetros da capital. Caminhões, guindastes e minérios foram arrastados para o rio Amazonas . No momento do acidente, seis pessoas trabalhavam no local atingido.

As informações ainda são desencontradas. 

A empresa – por meio da assessoria de imprensa – informou que o desmoronamento ocorreu por conta de uma onda gigante que atingiu o porto. Mas especialistas entendem que o desabamento deve ter ocorrido após um deslizamento de terras, provocado pelo excesso de peso, o que teria provocado a onda. A Capitania dos Portos também abriu inquérito para apurar as causas do acidente. (...)

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