quarta-feira, 3 de abril de 2013

Marcha reúne 3 mil na Esplanada


As principais lideranças estudantis brasileiras reuniram ontem, de acordo com a Polícia Militar, cerca de 3 mil pessoas, de 40 entidades, para chamar a atenção do governo com relação à educação brasileira. Pelo menos três faixas da Esplanada dos Ministérios foram interditadas pelos manifestantes, que, entre uma lista extensa de reivindicações, exigem aumento do investimento na área de 10% do PIB brasileiro. À tarde, os organizadores do protesto se encontraram com o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, e com o senador petista Paulo Paim (RS), para discutir a pauta da Jornada Nacional de Lutas da Juventude Brasileira e articular um encontro com a presidente Dilma Rousseff, na quinta-feira. A mobilização já ocorreu em outras capitais, como São Paulo, Fortaleza, Manaus e Curitiba e segue itinerante até o fim do mês. De acordo com o presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Daniel Iliesco, a principal solicitação é a aprovação da medida provisória dos royalties do petróleo com a destinação de 100% dos recursos e de 50% do fundo do pré-sal para a educação pública. Eles também pretendem pressionar o Congresso pela votação do Plano Nacional da Educação (PNE). 

Força

“Queremos estimular o debate, estimular a juventude a ocupar a praça pública e demonstrar a força que tem”, ressaltou Daniel. Ele acredita que as últimas mobilizações da juventude brasileira têm gerado resultados. Segundo o presidente da UNE, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, se comprometeram a destinar os royalties do município e do estado para a educação. Hoje, uma parte do grupo que permaneceu na cidade vai ao Congresso Nacional acompanhar a apreciação do Estatuto da Juventude, no Senado Federal. Na capital da República, o protesto foi direcionado a diversos ministérios, com temas considerados relevantes pelo movimento. No Ministério do Desenvolvimento Agrário, por exemplo, o pedido foi pela reforma agrária e no Ministério da Saúde, pelos direitos sexuais e reprodutivos das jovens mulheres. Ao chegarem ao Congresso Nacional, os manifestantes invadiram o espelho d’água em frente ao prédio. 

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