O senador João Capiberibe (PSB-AP) disse, no
Plenário, que o desabamento de um porto em Santana (AP), ocorrido na madrugada
de 28 de abril, pode ter ocorrido porque a estrutura era da década de 50,
época de exploração de manganês no estado, e nunca foi modernizada. O acidente
provocou a morte de seis mineradores e arrastou caminhões, guindastes e minério
para dentro do Rio Amazonas. De acordo com a mineradora Anglo Ferrous,
proprietária do porto, a causa do desabamento foi uma onda gigante que se
formou no Rio Amazonas.
- É pouco provável. Quem conhece o Rio Amazonas
como eu, que navego nele desde a infância, sabe que onda gigante só aparece na
época da pororoca. Acredito que o desabamento possa ter sido provocado por
fadiga de material. Este píer foi construído na década de 50 – argumentou o
senador.
Capiberibe ressaltou que, naquele período, o porto
recebia, em média, um milhão de toneladas de manganês. Hoje, a operação é de
seis milhões de toneladas de ferro – muito além do peso para que foi projetado.
Seria então “muito peso para uma estrutura antiga”. O senador pediu à
Secretaria Nacional dos Portos para que envie uma equipe técnica ao local para
apurar as causas do acidente. Ele também pediu à Marinha e às agências
reguladoras que intensifiquem a fiscalização na rede fluvial do estado e, ao
Ministério das Minas e Energia, que fiscalize operações de compra e venda de
empresas do setor.
Porto público
O senador informou ainda que a Companhia Docas de
Santana e Ministério do Transporte ampliarão as operações do porto público da
região a fim de atender também a Anglo Ferrous. A empresa tem atualmente 650
funcionários contratados e outros 850 terceirizados, que podem perder seus
empregos caso suas atividades sigam paralisadas.
Agência Senado
Nenhum comentário:
Postar um comentário