A ministra do Desenvolvimento Social e
Combate à Fome (MDS), Tereza Campello, e o presidente do Instituto de Pesquisa
Econômica e Aplicada (Ipea), Marcelo Neri, apresentaram, nesta terça-feira
(15), os efeitos e impactos macroeconômicos do Programa Bolsa Família no
Brasil. Em 10 anos de implantação, o programa ajudou a reduzir 28% da pobreza
do país, superando em 70% o patamar estabelecido pela meta do milênio da
Organização das Nações Unidas (ONU). Na avaliação de Marcelo Neri, a cada 2%
gasto com o Bolsa Família, 12,5% são transformados em benefício para a
população, ou seja, o programa ajuda não só a reduzir a pobreza, mas também a
estimular a economia a partir do consumo da população mais pobre. “O Bolsa
Família tem um efeito multiplicador na economia, cada real que você gasta no
Bolsa Família, ele faz a economia girar R$ 2,40. Ele tem um impacto sobre a
pobreza, com impacto direto de 36%, ou seja, a pobreza cai de 4,9% para 3,6% com
o Bolsa Família sem levar em conta os efeitos multiplicadores”. Os dados do
impacto do Bolsa Família também apontam que a renda dos mais pobres cresceu em
torno de 4 vezes mais rápido do que a renda dos mais ricos. O investimento pelo
governo federal no Bolsa Família em 2013 é de R$ 24 bilhões, o que representa
0,46% do Produto Interno Bruto (PIB). “Ele (o Bolsa Família) gasta apenas 0,5
de percentual do PIB, então ele consegue fazer muito na pobreza e na
desigualdade. Ele consegue fazer muito, gastando relativamente pouco”, disse
Neri. Atualmente, o Bolsa Família atende a cerca de 13,8 milhões de famílias –
quase 80 milhões de pessoas. Para a ministra Tereza Campello, o programa traz
melhorias, principalmente, na redução da pobreza e na redução da desigualdade.
“Nós temos dados, estatísticas robustas que comprovam os benefícios que o Bolsa
Família trouxe para as famílias ao aliviar a pobreza, ao levar crianças para
salas de aula, ao melhorar o desempenho escolar e a reduzir a mortalidade
infantil”, completou Tereza Campello. Desde 2011, com o lançamento do Plano
Brasil Sem Miséria, o Bolsa Família reforçou seu foco nas famílias extremamente
pobres. Por conta disso, 22 milhões de pessoas saíram da situação de miséria,
superando o patamar de R$ 70 reais por mês.
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