O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) comemorou nesta quinta-feira (1º) os 111 anos do Tratado de Berna, que garantiu ao Brasil as terras onde se localiza o atual estado do Amapá. Ele ressaltou, porém, que para isso foi necessário o derramamento de sangue brasileiro, em disputas que envolveram portugueses, holandeses e franceses.
- Esse acontecimento de 111 anos atrás não foi cunhado, traçado definido, delimitado pela letra do tratado de Berna. Ele foi definido, traçado, delimitado por uma epopeica luta de gerações que se estabeleceram naquela região antes denominada pelos portugueses de Capitania do Cabo Norte.
O senador relatou, por exemplo, o combate entre brasileiros comandados pelo capitão Francisco Xavier da Veiga Cabral e um grupo de corsários franceses, em 1895.
- Para tomar posse definitiva desse Contestado, os franceses incentivam inclusive a constituição de uma república na região: a República do Cunani, com brasão, com selo próprio, com capital, estabelecida e construída por portugueses, por franceses e com incentivo do Estado francês - lembrou.
Randolfe disse que relembrava o passado por ocasião, também, de reunião recente entre autoridades brasileiras e representantes da Guiana Francesa. Segundo ele, a relação de conflito, no passado, mudou a partir da década de 1990. O senador afirmou que, hoje, amapaenses e guianenses têm mais similaridades do que diferenças.
Críticas a Lobão
Antes de encerrar seu discurso, Randolfe Rodrigues criticou o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, por não ter recebido comitiva formada por ele, o governador do Amapá, Camilo Capiberibe, o senador João Capiberibe (PSB-AP) e deputados da bancada estadual para discutir a situação de insolvência da Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA).
Da Redação / Agência Senado
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