No dia 30 de outubro, a
Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira decidirá por quanto
tempo prorrogará os seus trabalhos. Os representantes dos partidos no colegiado
decidiram nesta terça-feira que os trabalhos não devem terminar no dia 4 de
novembro, como estava previsto, mas não existe acordo quanto à duração do
período extra. Segundo o presidente da comissão, senador Vital do Rêgo
(PMDB-PB), até lá a CPMI vai trabalhar apenas na análise dos dados já colhidos,
sem novas reuniões ou votações. "Os partidos entenderam que, por estarmos
vivendo um período eleitoral, não poderíamos contaminar nenhuma discussão de
apresentação de relatórios ou outras discussões e requerimentos neste
momento", disse o presidente. Por causa do segundo turno das eleições
municipais (28/10), os deputados e senadores que integram a CPMI também
decidiram cancelar a reunião administrativa que estava prevista para amanhã e
remarcá-la para o dia 31 próximo, quando deverão ser votados em bloco os requerimentos
de novas convocações de testemunhas e de requisição de documentos. Mais de 500
requerimentos aguardam votação.
Assinaturas
Assinaturas
O Psol e o PDT já estão colhendo assinaturas para que a prorrogação seja de 180 dias, o máximo permitido regimentalmente. Para a prorrogação dos trabalhos de uma CPMI, são necessárias as assinaturas de um terço dos deputados (171) e um terço dos senadores (27). O PPS, o PSDB e o DEM apoiam a iniciativa, mas não têm maioria na comissão. O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) afirmou que é preciso tempo para analisar os dados de 29 empresas laranjas já encontradas. Na avaliação do líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR), os partidos da base do governo querem um prazo muito restrito, que não permitirá que sejam apuradas todas as linhas abertas pelas investigações até agora: "Há empresas cujos sigilos fiscal e bancário têm de ser quebrados para a CPMI saber onde foram parar dezenas de milhões de reais da campanha de 2010, o que envolve governos estaduais e federal, e todo o mundo está preocupado com quem será atingido. Então, o fato é o seguinte: tem que encaminhar para o Ministério Público, porque a CPMI não quer cumprir o seu papel de investigar."
Trabalho
Para o vice-presidente da comissão, deputado Paulo Teixeira (PT-SP), é preciso saber quanto trabalho terá de ser feito antes de decidir por quantos dias a CPMI será prorrogada: "Vamos ver quais requerimentos serão aprovados e assim definir uma data, e não o contrário. A prorrogação já é consensual. Nós precisamos de mais tempo, mas precisamos fazer uma definição do trabalho que nos resta”, ponderou.
Reportagem
- Vania Alves/Rádio Câmara
Edição - Rachel Librelon
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