Prazo visa permitir que Câmara dos Deputados tenha
tempo de apreciar matéria antes do recesso legislativo previsto para dezembro
O Senado pretende votar até 6 de novembro os novos critérios de distribuição do Fundo de Participação dos Estados (FPE). Os senadores querem cumprir esse prazo para que a Câmara dos Deputados tenha tempo de apreciar a matéria até 22 de dezembro, quando se inicia o recesso legislativo. A informação é do senador Romero Jucá (PMDB-RR), um dos principais envolvidos na negociação do tema. O Congresso está pressionado por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que declarou em
Em junho desse ano, eles foram apensados — reunidos para tramitação em conjunto — sob a relatoria do líder do PT, Walter Pinheiro (BA), que vem discutindo a proposta com os líderes partidários. Ele também confirmou a proposta substitutiva estará disponível para votação no início de novembro.
Romero Jucá acredita que os deputados não terão
tempo hábil para votar o projeto de lei, dada a quantidade de matérias que têm
para apreciar. Outro complicador deve ser a pressão que prefeitos e
governadores de regiões com valores de repasse mais baixos farão na Câmara para
vincular a distribuição do FPE e do Fundo de Participação dos Municípios (FPM)
a uma nova parti-lha dos royalties de petróleo. Jucá informou que o texto em
análise pelos senadores prevê a manutenção dos atuais critérios de distribuição
do FPE. A regra em vigor destina 85% dos recursos da receita anual aos estados
do Norte, Nordeste e Centro-Oeste. O fundo é calculado atualmente sobre 21,5%
da arrecadação líquida do Imposto de Renda (IR) e do Imposto sobre Produtos
Industrializados (IPI). Ao mesmo tempo, os senadores elaboram uma nova regra
que prevê a distribuição de valor excedente à receita arrecadada no ano
anterior, tomando por base critérios como Índice de Desenvolvimento Humano
(IDH), saneamento básico e condições geográficas. “Vamos supor que hoje a
receita seja R$ 50 bilhões. Se, no ano que vem, passar para R$ 55 bilhões,
esses R$ 5 bilhões serão repassados com base em novos critérios”, explicou
Jucá.
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