O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) apresentou
na última sexta-feira (28) 181 requerimentos à CPI do Cachoeira. Todos os
pedidos são de informações sobre depósitos feitos pela empresa Adécio &
Rafael Construções em contas bancárias de pessoas e empresas. A Adécio & Rafael
é apontada no inquérito da Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, como
empresa laranja da organização de Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. A
quebra de sigilo da empresa foi aprovada no dia 5 de julho, por requerimento do
senador Pedro Taques (PDT-MT). Segundo o senador, entre 2010 e 2012, a Adécio & Rafael
teria recebido R$ 36,4 milhões da Delta Construções. Além disso, a empresa,
criada em 2010, teve, no primeiro ano de funcionamento, movimentação financeira
de R$ 14 milhões de crédito e de R$ 12 milhões de débitos, apesar de a receita
bruta declarada ter sido de apenas R$ 29,8 mil. Nos novos requerimentos,
Randolfe Rodrigues pede informações sobre a natureza do négócio que gerou os
depósitos, além de comprovação da execução de serviço ou de efetivação da
venda. Segundo a assessoria do senador, a intenção é obter informações sobre
todos os depósitos ou transferências acima de R$ 10 mil. Vários dos depósitos
têm valor acima de R$ 100 mil. Os maiores valores mencionados nos requerimentos
foram depositados nas contas de Jacinto Lucio Borges, que recebeu 20 depósitos
no total de mais de R$ 2,2 milhões; da empresa R A P de Carvalho Ltda, com 14
depósitos que somam mais de R$ 1,2 milhão; e da empresa Plastilider Ltda, com
dez depósitos, num total de mais de R$ 1 milhão. Com os requerimentos
apresentados por Randolfe Rodrigues, sobe para 481 o número de pedidos a serem apreciados pela
comissão na volta dos trabalhos, prevista para depois das eleições.
Agência Senado
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