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Agência Brasil
"...O que importa é que a incompreensão foi superada e a Norte-Sul, hoje, felizmente, é unânime."
Sarney
Ao visitar hoje (21/9) um trecho da Ferrovia Norte-Sul entre os estados de Goiás e do Tocantins, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lembrou que fez críticas à obra quando ela foi lançada pelo então presidente José Sarney. “Essa obra foi lançada pelo presidente Sarney em 1987. Eu era deputado constituinte e, durante muito tempo, fiz críticas a essa obra dizendo que ia ligar o nada ao nada”, disse Lula ao discursar de improviso.
Ao chegar ao governo em 2003, já convencido da importância do transporte ferroviário, Lula decidiu retomar a construção da Norte-Sul. “Em 17 anos essa obra andou apenas 215 quilômetros. Vários governos depois não se interessaram por essa obra e quando assumi em 2003 eu disse que era necessário retomar as ferrovias existentes. A primeira que tomamos a decisão de acabar foi a Norte-Sul”, disse.
Após citar as obras de ferrovias planejadas e em execução, Lula destacou a importância do transporte sobre trilhos para baratear os custos da produção. “Tudo isso significa quase 6 mil quilômetros de ferrovias que pretendemos terminar até 2012, 2013. Isso é importante por que vai baratear o custo da produção, ajudar os produtores rurais, os empresários e significar desenvolvimento, que vai significar mais emprego, mais salário, mais poder de compra e a melhoria da qualidade de vida do nosso povo”.
À tarde, o presidente Lula inaugura o trecho da Ferrovia Norte-Sul que liga o pátio multimodal de Colinas do Tocantins ao pátio multimodal de Palmas/Porto Nacional, com extensão de 256 quilômetros e investimento de R$ 1,1 bilhão. Completa, a ferrovia deverá ter 3100 quilômetros de trilhos que cortarão os Estados do Maranhão, Tocantins, Goiás e Pará. A Ferrovia Norte-Sul foi projetada para promover a integração nacional, minimizando custos de transporte de longa distância e interligando as regiões Norte e Nordeste às Sul e Sudeste, através das suas conexões com 5 mil quilômetros de ferrovias privadas. Hoje, comentando as observações de Lula, José Sarney disse: "Sim. Enfrentei inúmeras críticas. Mas, atualmente, elas são recompensadas pelo reconhecimento da importância da obra para o País. O que importa é que a incompreensão foi superada e a Norte-Sul, hoje, felizmente, é unânime". O comentário de Lula traz à tona uma história de superação de resistências a um projeto inquestionavelmente importante para o desenvolvimento do Brasil. E mostra que a classe política está, hoje, suficientemente amadurecida para enfrentar o debate sobre a importância do transporte multimodal e a necessária integração regional.
Empregos e desenvolvimento
Haverá o crescimento do número de empregos, gerando renda e impostos para as regiões. As novas frentes de trabalho se ampliarão e haverá aumento da renda interna. A valorização de propriedades nas regiões e o incremento do agronegócio serão fatores determinantes para o crescimento econômico, principalmente no corredor da Ferrovia Norte-Sul / Estrada de Ferro de Carajás (EFC) / Terminal Marítimo de São Luís, que vai saltar de 1,7 milhões de toneladas para 8,8 milhões em 2013. Empresas, como a Renova Biocombustíveis e a Bioex Etanol, ao utilizarem o pátio multimodal, crescerão, o que permitirá a melhoria da distribuição da riqueza nacional. Haverá uma abertura comercial e a articulação de diferentes ramos de negócios, diminuindo desequilíbrios econômicos entre regiões e pessoas. “A Vale, o Porto de Itaqui e a Usina da Boa Esperança, hoje realidades importantes, serão integradas com a Norte-Sul, o que permitirá uma grande integração nacional", concluiu Sarney.
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