Data: | 17.09.10 | Veículo: | Valor Econômico |
Aliados de Sarney, do governo para a Papuda (...)Por lealdade pessoal, devido aos serviços prestados por Sarney no ano negro do Mensalão, 2005, ou por mero cálculo político, o presidente Lula e sua candidata, Dilma Rousseff, (...) (...) A PF também obteve autorização judicial para conduzir para depoimento, à força, o presidente da Assembleia Legislativa, Jorge Amanajás (PSDB), o prefeito de Macapá, Roberto Góes, primo do ex-governador, e 85 suspeitos de corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.(...)Todos eles são aliados de Sarney no Estado. (...) Com forte influência sobre a Justiça estadual e a boa vontade da Justiça federal, o grupo de Sarney também usa o recurso de cassar mandatos de adversários que porventura se elejam. Foi o caso de João Capiberibe (...) E S C L A R E C I M E N T O | Valor publica resposta a editorial com afirmações inverídicas sobre Sarney Senhor(a) Editor(a),
O Valor Econômico publicou nessa terça-feira (14.09) editorial em que busca associar o presidente do Senado Federal, senador José Sarney, a políticos e outras pessoas detidas em recente operação do Departamento de Política Federal no Estado do Amapá. Respeitando o direito de opinião do jornal, que é obviamente pleno e irrestrito, limito meus comentários a alguns dados fatuais.
Faço, de início, referência à insinuação de que o apoio do presidente Lula ao senador José Sarney poderia ter decorrido de lealdade “devido aos serviços prestados por Sarney no ano negro do Mensalão, 2005, ou por mero cálculo político”. Qual a razão da referencia ao Mensalão, e quais “serviços” teriam sido prestados pelo senador? O apoio de Sarney a Lula em muito antecede a esse lamentável episodio. Como registrou o próprio Valor em diversas matérias (inclusive as publicadas nas edições de 20.8.2002, de 12.9.2002, de 9.10.2002, de 20.11.2002, de 5.12.2002), o apoio de Sarney ao presidente Lula data da campanha presidencial de 2002, posição que então tomou em dissidência a seu próprio partido, o PMDB. Mais adiante, o editorial enumera lista de empresários, políticos e servidores públicos “e 85 suspeitos de corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha”, afirmando que “todos eles são aliados de Sarney no Estado”. O senador José Sarney sequer conhece a grande maioria dos detidos pela Política Federal. Como parlamentar, obviamente conhece os políticos, mas refuta que sejam todos seus aliados, lista na qual o Valor incluiu até o presidente da Assembléia Legislativa de Macapá, do PSDB. A propósito, esclareço que o senador Sarney não participa da campanha de nenhum dos candidatos ao governo do Amapá, conforme anunciou em nota oficial de 29 de junho, publicada na imprensa estadual. Não cabe, portanto, a referência à sua participação em campanhas no Estado. Finalmente, afronta-se o Poder Judiciário, ao atribuir ao senador José Sarney o poder de influenciar suas decisões como “um recurso de cassar mandatos” de adversários políticos. O editorial oferece como exemplo a cassação do mandato do senador João Capiberibe, tanto no TRE, quanto no TSE. Por qual razão essa alegada influência não teria impedido que fosse também cassado o prefeito de Macapá, identificado, pelo próprio jornal como um aliado político de Sarney? Atenciosamente Pedro Luiz Rodrigues Secretário de Imprensa da Presidência do Senado |
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