A candidata à Presidência pela coligação "Para o Brasil Seguir Mudando", Dilma Rousseff, concedeu hoje uma entrevista coletiva em Porto Alegre e rejeitou, mais uma vez, a possibilidade de um ajuste fiscal no seu eventual governo. Segundo ela, isso não serve ao país e aos brasileiros e, além disso, o Brasil vive outro momento econômico, diferente da época do governo tucano (de FHC e José Serra), quando a dívida pública teve uma alta descontrolada e o Fundo Monetário Internacional (FMI) determinava os rumos do país. “Com a economia visivelmente crescendo, eu vou fazer ajuste fiscal para quê? De quem é esse pleito? Ao povo brasileiro não interessa. Ajuste fiscal é ajuste de caixa. É cortar investimentos em infraestrutura, em saneamento, em habitação. Tivemos que fazer ajuste [2003] porque o Brasil estava quebrado. Agora não está quebrado”, argumentou. Ela comentou as recentes notícias sobre a captação de recursos externos pelas empresas, que atingiu o recorde de US$ 21 bilhões nesse ano. Esse cenário, segundo Dilma, demonstra o que os investidores percebem, no Brasil, um país com segurança energética, com mais de US$ 262 bilhões em reservas cambiais e que está crescendo a um ritmo de 7% ao ano. “Em 2002, o Brasil teve fuga de capitais, se não me engano saíram do país US$ 6,7 bilhões. Agora, em plena campanha eleitoral, as empresas captaram US$ 21 bilhões. Isso significa que esse país mudou”, disse. A candidata também ressaltou a importância do gestor público ter controle nos gastos, porque é isso que se espera de um bom governante.
Programas de TV da Dilma - 09/09
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