O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou em
segundo turno, ontem à noite, por 357 votos a 1 e duas abstenções, a Proposta
de Emenda à Constituição 111/11, da deputada Dalva Figueiredo (PT-AP), que
permite aos servidores públicos dos ex-territórios federais do Amapá e de
Roraima, admitidos entre a transformação em estado e sua efetiva instalação
(outubro de 1993), optarem por fazer parte de quadro em extinção da
administração federal. A votação, nominal, foi assistida por servidores
públicos federais do Amapá que em caravana se dirigiram à Brasília apenas para
acompanhar os acontecimentos. O governador Camilo Capiberibe e prefeitos dos
municípios interessados também compareceram.
Ao término da votação, o presidente da Câmara,
deputado Henrique Eduardo Alves, disse à Rádio Diário FM que a aprovação da PEC
teve ajuda de todos os amapaenses, representados por servidores públicos,
bancada parlamentar, governador e prefeitos, mas principalmente pelo senador
José Sarney, que sempre esteve junto a ele, todos os dias, solicitando a
colocação da matéria na pauta da Casa. Para
ser aprovada, a PEC precisava de 308 votos favoráveis, em virtude de ter sido
aprovada em primeiro turno em março do ano passado. A matéria ainda tem que
deve ser votada pelo Senado, também em dois turnos. Se aprovada, será submetida
a trâmites burocráticos, de maneira que só deverá entrar em vigor dentro de
dois anos, conforme previu o deputad0 Bala Rocha, ontem, em entrevista no
rádio. Em caso de aprovação no Congresso Nacional, a Proposta de Emenda à
Constituição (PEC) 111 resultará em uma economia de R$ 600 milhões por ano nas
folhas de pagamentos do estado e de cinco prefeituras do Amapá. O cálculo
é do Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Amapá (Sindsep), que já
chegou a realizar fórum para discutir o projeto de lei com a bancada federal
amapaense. A iniciativa de lei é válida aos servidores admitidos entre outubro
de 1988 e outubro de 1993. Segundo o Sindsep, mais de seis mil funcionários
públicos no Amapá serão abrangidos pela PEC. Poderão ser beneficiados
servidores das prefeituras municipais de Amapá, Calçoene, Macapá, Mazagão e
Oiapoque. O quadro estadual do governo também deverá ser afetado, caso os
funcionários optem em ser transferidos para a União. Em caso de escolha pelo
quadro federal, os municípios e o estado não serão prejudicados com a possível
saída dos servidores. Eles continuarão à disposição, mas com o vencimento
quitado pela União.
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