terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Ativista coloca o PSOL em saia-justa

Do Alto da Torre - Eduardo Brito

A ativista profissional Sininho, aquela que irrompe em todo tipo de manifestação, criou uma tremenda saia justa para o PSOL ao envolver o deputado estadual Marcelo Freixo, justa ou injustamente, em um esquema de proteção a vândalos. De um lado, assegura o pré-candidato do partido ao Buriti, Toninho Andrade (foto), “o PSOL nunca foi adepto de ato clandestino ou violento”. De outro, o próprio Freixo admite que conhecia Sininho, embora ressalve que só a atendeu, na manhã de domingo, porque ela alegou que  Fábio Raposo, que confessou participação na morte do cinegrafista Santiago Andrade, estava preso e sofrendo risco de violência na cadeia. Freixo chegou a ensaiar uma justificativa, alegando que todo preso corre risco de tortura, mas negou que disponibilize estrutura para defender black blocs.

“Só de cara limpa”, avisa o  partido

Toninho Andrade estava ao lado do senador Randolfe Rodrigues, quando telefonou a Freixo para conhecer sua posição. Randolfe ouviu do deputado que não tinha qualquer vinculação com os vândalos. Nas palavras de Toninho, “não houve relação com o ato tresloucado de jovens que não tiveram a nossa experiência na luta de resistência à ditadura”. O PSOL, garante, “só participa de manifestação com a cara limpa”.

Nenhum militante flagrado até agora

Até agora, não se identificou qualquer militante do PSOL entre os responsáveis por atos de vandalismo durante manifestações, registra Toninho. Pelo contrário, militantes do partido que compareceram a passeatas, com bandeiras ou faixas, foram hostilizados. Nem por isso deixam de ocorrer episódios controversos, como o fechamento da Esplanada e o incêndio de pneus, por um grupo pago, durante a Copa das Confederações. Não houve, porém, vandalismo ou agressões físicas. 

Nada de advogados

Já a sucessora de Toninho como presidente regional do PSOL, Juliana Selbach, reconhece que o partido conta com envolvimento com movimentos sociais e tem filiados integrantes de outras entidades, como o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST). Entretanto, afirma, o partido não dispõe de condições de prestar assistência jurídica a manifestantes presos. “O partido sequer tem advogados para dar esse apoio”, completa. “O partido, de forma alguma, compactua com a violência, tanto policial quanto por parte dos manifestantes. Inclusive lamentamos a morte do cinegrafista, que está sendo usada de forma política, contra o deputado Marcelo Freixo”, disse. 


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