quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

PMDB condiciona votações a decisão sobre investigação da Petrobras


Gabriela Korossy
Eduardo Cunha
Cunha, líder do PMDB: ou vota a comissão externa da investigação ou não vota nada.
O líder do PMDB, deputado Eduardo Cunha (RJ), reforçou nesta quarta-feira que o partido somente aceitará votar outros itens em Plenário após uma decisão sobre a criação ou não de comissão externa para investigar denúncias de recebimento de propina por funcionários da Petrobras. Estão na pauta o marco civil da internet e a continuação da votação dos destaques ao Código de Processo Civil. Em entrevista no Salão Verde, após encerramento da sessão extraordinária convocada para esta quarta-feira para a votação do requerimento sobre a comissão, Eduardo Cunha disse que a falta de quórum de hoje era previsível. "Não é nenhuma surpresa. Expressa que o Brasil tem carnaval. Porque não tem voo. Se você trocar um bilhete hoje, vai pagar R$ 2.000 mais caro quem vai para o Nordeste ou quem vai para o Norte", disse o deputado. São necessários 257 deputados para início das votações em Plenário. Como deputados fiéis ao governo não registraram presença, o quórum chegou a 254 e o presidente da Câmara decidiu, pouco antes das 14h, encerrar a sessão.

Polêmica

Na terça (25), o pedido de criação de uma comissão externa para investigar a Petrobras também provocou polêmica e impediu a votação de outros itens da pauta do Plenário. O requerimento, apresentado pela oposição, ganhou apoio do bloco informal liderado pelo PMDB e composto por outros partidos da base aliada ao governo. Segundo Eduardo Cunha, a estratégia para votação não visa derrotar ou diminuir o governo. "O objetivo não é enfraquecer ou diminuir, até porque, na semana do dia 11 (de março), ou vota isso ou não vota nada. Aí quero ver como vai fazer." Eduardo Cunha disse que, após a votação do requerimento, o partido aceita votar todos os itens que trancam a pauta do Plenário, inclusive o marco civil da internet. O PMDB discorda do texto do relator do marco civil, deputado Alessandro Molon (PT-RJ).
Reportagem – Ana Raquel Macedo
Edição – Newton Araújo

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