quinta-feira, 27 de março de 2014

“Governo tenta travar votação da PEC 111”, dizem deputados


A votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC 111), que permite aos servidores públicos dos ex-territórios federais do Amapá e de Roraima (atuais estados) optar por fazer parte de quadro em extinção da administração federal, foi obstruída pelo esvaziamento do plenário da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira, 26.

De acordo com o deputado Bala Rocha (SDD), uma discussão calorosa sobre a renegociação de dívidas de faculdades, que antecedeu a pauta da PEC 111, fez com que houvesse o pedido de verificação, e, com isso, o esvaziamento do plenário. Sem quórum não se conseguiu votar a pauta. No entanto, Bala Rocha afirmou que o clima de votação da PEC dos servidores dos ex-territórios ainda era de instabilidade. “Não havia acordo ainda com o governo. Tivemos uma reunião de líderes na terça-feira, ficando definido de que até a noite de quarta, véspera da votação, buscaríamos o entendimento com o governo, o que não ocorreu. Com isso, se a matéria entrasse em votação correríamos sério risco de não ter a aprovação”, disse o presidente do Solidariedade. A Bancada amapaense, em bloco, esteve em plenário dialogando com lideranças de outros partidos, fazendo gestão para aprovar a Proposta. O líder da Bancada do Amapá, deputado Evandro Milhomem (PCdoB), foi enfático ao afirmar que, apesar de não haver um acordo fechado naquele momento, o governo havia acenado de forma positiva para aprovar o projeto anteriormente. “O governo nos enganou”, disse o parlamentar. O deputado Bala Rocha declarou que o governo está isolado. “Apenas o PT ainda está dividido. Porém, a deputada Dalva Figueiredo tem avançado nas discussões internas para assegurar o apoio completo do partido. Fora isso, temos apoio dos demais partidos. Sentimos que a reação está por parte da ministra do Planejamento, Miriam Belchior, e do líder do governo na Casa, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP)”, declara. Ficou deliberado em ata de que a pauta entra em votação no dia 23 de abril. Uma grande mobilização que envolve senadores, governo do estado e o prefeito de Macapá, além de representantes de classe, está sendo realizada.


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